QUE DIABOS DE MULHER ERA AQUELA? - Narrativa Verídica Sobrenatural - Rogério Silvério de Farias
QUE DIABOS DE MULHER ERA AQUELA?
Rogério Silvério de Farias
Aconteceu comigo. E foi em plena luz do dia. Na verdade, o crepúsculo estava prestes a ocorrer quando aconteceu esse evento extraordinário, espantoso.
As pessoas naturalmente não acreditarão. Irão me chamar de louco. Senhores, por obséquio, não sou louco. Tenho observado a vida e seus horrores fantásticos e extraordinários. Tenho estudado o Céu, a Terra e o Inferno, de modo que tudo é possível, neste e no próximo mundo. Estudei a morte e vi que ela pode ser uma chave para escapar dos horrores da existência. Não me importam os deboches contra a minha pessoa. Irão rir, me chamar de loroteiro, de contador de histórias fantásticas. Não perderei a tramontana, irritando-me com o deboche e as piadinhas dos outros.
O que importa o que as pessoas acham de mim? Todos que debocham maldosamente de quem teve uma experiência extraordinária como a minha estão a meio caminho de se tornarem néscios totais.
E o mais espantoso dessa minha experiência foi que ocorreu na realidade cotidiana, dentro do meu dia a dia. Não foi sonho ou delírio. Porque, senhores, eu estava em plena consciência, lúcido.
Eu vinha caminhando após um dia de trabalho. Enquanto caminhava, eu meditava sobre como resolveria todos esses malditos problemas, principalmente financeiros, que atormentam a todos neste planetinha miserável e insignificante, onde as pessoas se odeiam, se machucam, se vingam, se detestam. Lembrei-me de Schopenhauer e o dilema do porco-espinho.
Voltando, eu caminhava. Era já tardinha. Então olhei à frente e vi uma mulher que me observava. Nunca me esquecerei dessa mulher, uma senhora na verdade. Eu a olhei e penso que a conhecia de algum lugar, no entanto não me lembrei de onde a conhecia.
Ela me parecia terrivelmente familiar. Não era tão bonita. Todavia, seu semblante demonstrava uma seriedade e preocupação comigo.
Então caminhei em sua direção. A mulher, que estivera parada me observando, girou nos calcanhares e se dirigiu para um espaço entre dois automóveis estacionado diante de órgão público de saúde.
Segui o caminho percorrido por ela, mas ela simplesmente sumira! Ouçam-me: não sou louco. Não tinha como a mulher entrar ou seguir outro caminho. Havia a parede do órgão público, era o lado e ali havia um homem do serviço público lavando uma viatura ou ambulância. Perguntei ao homem para onde fora a mulher que por ali passara. Ele respondeu com ar desconfiado, como se me achasse um lunático.
—Lamento, senhor. Não passou ninguém por aqui. Aliás, cumpre-me salientar que a este espaço é proibida a entrada de pessoas sem a devida autorização.
Retruquei, paranoico:
— Mas eu a vi entrar por este caminho, era uma mulher, uma senhora, ela…
— Senhor, por obséquio. O senhor está me atrapalhando a labuta. Preciso aprontar este veículo, limpando-o. Repito-lhe: não passou nenhuma mulher por aqui.
Então me retirei, mas fiquei pelas redondezas, procurando a estranha mulher que simplesmente evaporou, sumiu, antes de me fitar com uns olhos estranhos e negros como os precipícios além do inferno.
Senhores, mas que diabos de mulher era aquela? Fantasma, aparição sobrenatural, espírito?… Estou certo que o que ocorreu comigo foi um fato sobrenatural. Agora, deixem-me ir embora. Por aqui encerro meu relato. Sou um cavalheiro sombrio que percorre os dias neste planeta infeliz que um dia encontrará a morte. E, assim como aquela mulher sobrenatural, um dia, eu estarei assombrando alguém como ela o fez comigo?
Maldição, que diabos de mulher era aquela?
Ilustração: PS/Copilot.
Maneiro. Simples, dirwto e crível.
ResponderExcluirincrível foi a ilustração porque a mulher era idêntica a essa desenhada pelo Copilot e claro com as perfeitas descrições que você fez, o prompt. NADA é por acaso...
ResponderExcluirficou muito mas muito parecida com a mulher que vi! Loucura total!
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