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Mostrando postagens de abril, 2019

LANÇAMENTO DA FREE BOOKS EDITORA VIRTUAL: GABRIEL LAMBERT, ROMANCE DE ALEXANDRE DUMAS

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GABRIEL LAMBERT - ROMANCE DE ALEXANDRE DUMAS (Em E-pub, MOBI e PDF) Leia gratuita e confortavelmente em seu dispositivo móvel o romance de Alexandre Dumas publicado pela Free Books Editora Virtual.  GABRIEL LAMBERT - E m maio de 1835, numa viagem a Toulon, Alexandre Dumas depara-se com um homem misterioso, condenado perpetuamente às galés. O famoso escritor está certo de que já conhecera aquela arredia criatura, mas não se recorda em que circunstâncias. Isto o intriga. O nome do prisioneiro – Gabriel Lambert – nada lhe acrescenta. Mas, ao descobrir o codinome pomposo pelo qual o forçado fora conhecido nas altas esferas de Paris, vem-lhe à memória uma cena em que o desconhecido duela com um de seus mais íntimos amigos. Mas isto é muito pouco para o curioso escritor. Firme no intento de descobrir a trajetória do infeliz condenado, Dumas, sem renunciar ao enredo ágil e instigante, revela-nos uma trágica narrativa, na qual o atribulado protagonista assume a dimensão de u

METZENGERSTEIN - Conto Clássico de Terror - Edgar Allan Poe

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METZENGERSTEIN Edgar Allan Pöe (1809 – 1849) Pestia, eram vivus, — moriens tua mors [1] . Lutero O horror e a fatalidade se expandem através de todos os séculos. Para que atribuir uma data à história que vou narrar? Basta-me referir que, na época à que aludo, existia no centro da Hungria uma crença secreta, mas sólida, nas doutrinas da metempsicose [2] . Nada direi sobre essas doutrinas em si mesmas, sobre sua falsidade ou sua probabilidade. Afirmo, todavia, que boa parte de nossa incredulidade provém — como diz La Bruyèrs, que atribui toda nossa infelicidade a essa causa única — de não podermos estar sozinhos . Havia, porém, alguns pontos na superstição húngara que tendiam acentuadamente para o absurdo. Os húngaros divergiam muito essencialmente de seus chefes do Oriente. Por exemplo, acreditavam que a alma — transcrevo as expressões de um arguto e inteligente parisiense — só habita uma única vez um corpo sensível. Assim, um cavalo, um cão, mesmo um homem,

OS OLHOS QUE COMIAM CARNE - Conto Clássico de Horror - Ficção Científica - Humberto de Campos

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OS OLHOS QUE COMIAM CARNE Humberto de Campos (1886 – 1934)   Poeta, contista e político brasileiro, Humberto de Campos nasceu na então vila de Miritiba, Estado do Maranhão, em 1886. “Os Olhos que Comiam Carne”, obra-prima da literatura fantástica brasileira, que alia o horror à ficção científica, provavelmente influenciou o roteiro do filme estrelado por Ray Milland, “O Homem dos olhos de raio-X” (“‘ X’ - The Man With the X-Ray Eyes ”), de Roger Corman (1963), embora não se lhe tenham sido outorgados quaisquer créditos. Campos faleceu no Rio de Janeiro, em 1934.   Paulo Fernando mergulhou o rosto nas mãos, e quedou-se imóvel, petrificado pela verdade terrível. Estava cego. Acabava de realizar-se o que há muito prognosticavam os médicos. A notícia daquele infortúnio em breve se espalhava pela cidade, impressionando e comovendo a quem a recebia. A morte dos olhos daquele homem de quarenta anos, cuja mocidade tinha sido consumida na intimidade de um gabinete de trabalho, e

A NECROPSIA - Conto de Terror - Paulo Soriano

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A NECROPSIA Paulo Soriano Encontraram o que supunham ser o meu cadáver numa tarde taciturna de inverno. Irremediavelmente morto. Foi o que eles disseram. E não poderia ser de outra forma, após a constatação de que o meu corpo apresentava uma rigidez de pedra. O meu coração congelara-se no peito e a minha respiração cessara de todo. Mas eu sabia que as coisas não eram bem assim. Apesar da imobilidade e da frialdade de meu corpo, os meus sentidos estavam em alerta. Podia ouvir perfeitamente a movimentação em torno de mim. O médico abriu as minhas pálpebras, primeiro uma, depois a outra. Lançou contra as minhas pupilas um potente feixe de luz. Pude ver que o médico era um camarada de meia-idade, pálido como um defunto. Tinha cara de macaco. O Dr. Orangotango cerrou as minhas pálpebras e me atirou novamente na escuridão. Senti quando me puseram num saco funerário e me conduziram a um rabecão. O automóvel começou a rolar. Desenvolveu, durante o trajeto, uma velocidad

O ENTERRAMENTO PREMATURO - Conto Clássico de Horror - Edgar Allan Poe

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O ENTERRAMENTO PREMATURO Edgar Allan Pöe (1809 – 1849) Há assuntos de um interesse cativante mas que, por serem demasiadamente horríveis, correspondem mal às finalidades legítimas da literatura de ficção. O contista puro deve evitá-los, se não quiser provocar a repugnância ou a indignação. Só é conveniente ventilá-los quando a severidade e a imponência da verdade os santificam e amparam. Dessarte, sentimo-nos arrebatados pela mais intensa das "angústias fascinadoras" quando lemos uma descrição da travessia do Beresina [1] , do terremoto de Lisboa [2] , da peste de Londres, da matança de São Bartolomeu [3] , da agonia dos cento e vinte e três prisioneiros sufocados no Buraco Negro de Calcutá [4] . Mas, em semelhantes descrições, é o fato — é a verdade — é a história que impressiona; imaginados, só causariam repulsa. Acabo de mencionar algumas das calamidades mais conhecidas, as mais augustas que aconteceram; mas, em cada um desses casos, a amplitude atua tão fo