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Mostrando postagens de julho, 2021

LANÇAMENTO: RELATOS FANTÁSTICOS - Revista Bilíngue (Português e Espanhol) - Edição Gratuita - Narrativas de terror, horror e ficção científica

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  RELATOS FANTÁSTICOS Revista Bilíngue (Português e Espanhol) Narrativas de terror, horror e ficção Científica   Nascida de uma parceria entre os sítios “ Contos de Terro r ” (Paulo Soriano) e “ Noticias Ciencia-Ficción ” (Ricardo Manzanaro), a revista RELATOS FANTÁSTICOS reúne contos de autores clássicos e de colaboradores modernos de diversas nacionalidades nas línguas portuguesa e espanhola. Autores e Autora Clássicos :  Edgar Allan Pöe,Farnsworth Wright, Bernardo Couto Castillo, Daniel Deföe, Humberto de Campos, Emilia Pardo Bazán, Leopoldo Lugones e Horacio Quiroga. Colaboradores: Ricardo Manzanaro, Marcelo Medone, Mário Terrabatava, José Cascales Vázquez, Eugenio Sánchez Arrate, Belén Fernández Crespo, Emilio Vilaró, José Ángel Conde, José Manuel González Rodríguez, Carlos Enrique Saldívar, Paulo Soriano, Dolo Espinosa, Júlio Portus Cale, Luciano Barreto, Luiz Poleto, Tânia Souza, Ângelo Brea, Luiz Raimundo. Edição :  Free Books Editora Virtual. Formato : PDF

A LEBRE - Conto Clássico Sobrenatural - Charles Nodier

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  A LEBRE Charles Nodier (1780-1844) Tradução de Paulo Soriano Um amigo meu, um honesto agricultor, era um caçador determinado. Era visto, desde o nascer do dia, a saltar valas, galgar colinas e perseguir a sua presa até as suas últimas trincheiras. Certa tarde, vergado pelo cansado e muito mal-humorado, o meu amigo tomou, tristonho, o caminho de casa com o bornal vazio. Uma lebre fugiu-lhe aos pés. O caçador disparou, mas errou o tiro. O seu mau humor redobrou, mas desapareceu assim que ele viu a lebre escondendo-se a cem passos de distância. Recarregou a escopeta, disparou e perdeu mais dois tiros. Não podia entender como como havia sido tão inábil. Justamente ele, que jamais disparou em vão.   Resmungando, retomou o caminho e viu a lebre sentada sobre as patas traseiras, cofiando tranquilamente os bigodes. — Desta vez – disse o caçador —, não mais me afrontarás! Então, mirando com aquela precisão que jamais o decepcionou, faz o disparo, certo de que abatera a vítima. Vã ilusão. A le

O VELÓRIO DO MEU AVÔ - Crônica Fúnebre-Humorística - Luiz Raimundo

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  O VELÓRIO DO MEU AVÔ Luiz Raimundo   Itagiba Marcondes, meu avô, pai da mãe, era uma pessoa muito bem relacionado em sua cidade, Jequeri, onde também nasci. Era um homem de estatura mediana, peito largo e braços fortes. Entretanto, tinha um defeito físico: tinha as pernas arqueadas; era cambota, como se dizia na época. Mas isso nunca o incomodou. Era, nos fins de semana, caçador e pescador emérito e tinha o prazer de distribuir com os amigos o produto da caça e pesca sempre que voltava de uma empreitada, reservando para sua numerosa família o que vinha de melhor, é claro. Era alfaiate dos bons. Pessoas iam de longe a Jequeri para encomendar um terno confeccionado por ele, que tinha como seus auxiliares os filhos Zequinha, Dinorah e Dimano, além de outros funcionários. Dois outros tios – Tão e Luiz (que carinhosamente chamávamos de Nezinho), eram voltados para os serviços de saúde, trabalhando com medicamentos, na farmácia do Senhor Antônio Martins. Quando Deus entendeu que estava na

A CRIANÇA TEIMOSA - Conto Clássico de Terror - Irmãos Grimm

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  A CRIANÇA TEIMOSA Irmãos Grimm (Jacob Grimm [1785 – 1863] e Wilhelm   Grimm[1786 – 1859])   Era uma vez uma criança tão teimosa que jamais fazia o que a sua mãe mandava. Por esta razão, Deus não se comprouve com ela, e a pôs tão doente que médico algum pôde salvá-la. Em pouco tempo, estava ela em seu leito de morte. Quando já havia baixado à sepultura, e coberta de terra, o braço da criança irrompeu do solo, esticando-se no ar. E sempre que novamente sepultavam o seu braço, cobrindo-o de terra fresca, este novamente irrompia, esticando-se no ar. Então a sua própria mãe teve de ir ao túmulo do garoto e bater-lhe com uma vareta no braço. Tendo feito isto, o braço se recolheu. Finalmente, a criança encontrou repouso sob a terra.   Versão em português: Paulo Soriano. Ilustração: Nikolaus Heidelbach

A DAMA PÁLIDA - Conto Clássico de Terror - Alexandre Dumas

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A DAMA PÁLIDA Alexandre Dumas Tradução de Jossi Borges     Sou polonesa, nascida em Sandomir, vale dizer, em um país onde as lendas se tornam artigos de fé, onde acreditam nas tradições de família como e — por acaso — mais que no Evangelho. Não há castelo entre nós que não tenha seu espectro, nenhuma cabana que não tenha seu gênio familiar. Na casa do rico como na do pobre, no castelo como na cabana, reconhece-se o princípio amigo e o princípio inimigo. Às vezes estes dois princípios entram em luta e se combatem. Então se escutam ruídos tão misteriosos nos corredores, rugidos tão horrendos nas antigas torres, sacudidas  tão formidáveis nas muralhas, que os habitantes fogem da cabana como do castelo, e aldeãos e nobres correm à igreja em procura da cruz bendita ou das santas relíquias, únicos resguardos contra os demônios que nos atormentam. Mas outros dois princípios mais terríveis ainda, mais furiosos e implacáveis, encontrem-se ali enfrentados: a tirania e a liberdade.