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Mostrando postagens de janeiro, 2022

LANÇAMENTO - O MENINO E O PALHAÇO - Rodrigo Picon - Tribus Editorial

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O MENINO E O PALHAÇO Rodrigo Picon   Leo era um garoto bastante introvertido. Com os pais falecidos aos nove anos de idade, aos onze vivia no Orfanato Santa Clara, onde constantemente era vítima de bullying , ataques físicos e humilhações por parte dos colegas de orfanato, com conivência das freiras que cuidavam do local. Na escola, sua vida não era diferente: era alvo constante de ataques das crianças, principalmente de Otto, um garoto reprovado de doze anos que era da sua sala. Em uma bela tarde, Leo conhece Boguinho, um carismático palhaço que vive na Fábrica de Sonhos. Um lugar lindo e alegre. Lá, descobre que a fábrica é capaz de transformar o desejo contido em seu coração em realidade. Entretanto, o que Leo não sabia é que a Fábrica podia ler seus desejos mais profundos do coração e transformá-los em realidade, ele querendo ou não.   O MENINO E O PALHAÇO Formatos: físico e e-book Editora: Tribus Editorial Ano de publicação: 2021 Número de páginas: 84 Preço:

A MALDIÇÃO DOS BASKERVILLES - Narrativa Clássica de Terror - Arthur Conan Doyle

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  A MALDIÇÃO DOS BASKERVILLES Arthur Conan Doyle (1859 – 1930)   Há diversas versões a respeito da origem do Cão dos Baskervilles. Como, porém, eu descendo em linha reta de Hugo Baskervill — e tive de meu pai a narração, e este já a tivera do próprio pai —, preservei-a na crença de que ela ocorreu como aqui vai narrada. Desejo que vós, meus filhos, creiais que a mesma justiça — a que pune o pecado — também pode perdoar bondosamente, e não há crime nenhum tão pesado que, pela oração e pelo arrependimento, não consiga perdão. Esta história há de ensiná-los a não recear os frutos do passado, procurando, antes, serem circunspectos no futuro e a não se deixarem vencer pelas torvas paixões que tanto fez sofrer a vossa família. Saibam que, no tempo da Grande Rebelião (cuja história pelo esclarecido Lord Clarendon lhes recomendo ardentemente), este Castelo Feudal em Baskervilles pertencia a Hugo do mesmo nome: não é preciso dizer outra vez que era um homem ateu, irreverente e licenci

O DEVORADOR DE CRÂNIO - Narrativa Clássica de Terror - Dante Alighieri

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  O DEVORADOR DE CRÂNIO Dante Alighieri (1265 – 1321)   Vimos, no Inferno, dois espíritos congelados. Um deles mantinha a cabeça sobre a do outro. Com faminta ferocidade, cravava-lhe os dentes na nuca e roía ferozmente o crânio de seu inimigo. — Ó, tu que demonstras, por meio de tão brutal comportamento, o ódio que tens àquele que estás a devorar, diz-me: o que te induz a tal barbárie? — perguntei. —   Se assim ages por justiça, eu — sabendo quem és tu e qual é o crime de teu inimigo — te vingarei no mundo, antes que a minha língua se imobilize para sempre. Aquele pecador afastou de sua boca aquele terrível alimento e limpou os lábios nos cabelos da cabeça que roía. Depois, começou a falar-me assim:     — Queres tu que eu reviva a dor atroz, que oprime o meu peito, só em pensar no sucedido. Mas, se minhas palavras devem ser um germe de infâmia para o traidor a quem devoro, tu me verás chorar e falar ao mesmo tempo. Não sei quem tu és, nem de que meios te valeste para

ANEDOTAS MACABRAS - Narrativa Classica Fúnebre-humorísica - Benito Jerónimo Feijó

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ANEDOTAS MACABRAS Benito Jerónimo Feijó (1676 – 1764) Tradução de Paulo Soriano   Um jovem marquês casou-se com uma velha condessa somente porque esta era muito rica. E sucedeu o que acontece ordinariamente: em pouco tempo enfastiou-se tanto dela que a sua simples presença lhe causava agonia. A boa senhora soube disto e ainda chegou a suspeitar que o marido queria desfazer-se dela. Nessa época, a condessa caiu doente. A enferma não só imaginou que o marquês lhe ministrara veneno, como lhe lançou uma calúnia diante de muitas pessoas.  Ao que o marquês, sem se alterar, disse aos circunstantes: — Senhores, para que conheçais que é falso testemunho, chamais os cirurgiões. Que eles abram agora o corpo da condessa e lhe registrem parte por parte. E vereis que não se acha nele rastro algum de veneno. Outro cavalheiro, que também se havia casado com uma velha mulher, chegando esta a morrer, mandou que fosse ela enterrada somente cinco horas depois de haver espirado. Advertiram-

A PROMESSA CUMPRIDA - Conto Clássico Sobrenatural - Charles Dickens

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A PROMESSA CUMPRIDA Charles Dickens (1812 – 1870)   Ente as pessoas amigas de minha família havia uma jovem dama suíça que, tendo apenas um irmão, ficou órfã na infância. Ela e seu irmão foram criados por uma tia, e as crianças, que tiveram de amparar-se mutuamente, cresceram muito unidas. À idade de 22 anos, o irmão se viu obrigado a partir para a Índia e viu que se aproximava o terrível dia em que teria de se separar da jovem. Não é necessário descrever, aqui, a agonia que padecem as pessoas em tais circunstâncias, mas a forma que eles buscaram para mitigar a angústia da separação foi de todo singular. Combinaram que, se qualquer um deles falecesse antes do regresso do jovem, o que havia morrido haveria de aparecer ao outro. O jovem partiu.  A moça, a seu turno, desposou um cavalheiro escocês. Deixando a sua casa, passou a ser a alegria e a inspiração do lar que formou com seu marido. Tornou-se uma esposa devota, mas nunca esqueceu o seu irmão. Os irmãos trocavam cartas com

O LOBISOMEM - Conto Clássico de Terror - Eugene Field

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O LOBISOMEM Eugene Field (1850 – 1895) Tradução de Paulo Soriano   No reinado de Egberto, o saxão, vivia na Bretanha uma donzela chamada Yseult, que era amada por todos, tanto por sua bondade quanto por sua beleza. Mas, embora muitos jovens viessem cortejá-la, ela amava somente Harold, e a ele lançou o seu troféu. Entre os outros jovens que a amavam estava Alfred. Estava furioso porque Yseult preferira Harold, de modo que, um dia, Alfred disse a Harold: — Seria justo que o velho Siegfried saísse de seu túmulo e tomasse Yseult por esposa?  Em seguida, acrescentou: — Por favor, bom cavalheiro, por que fica tão pálido quando eu toco no nome do seu avô? Então Harold perguntou: — O que você sabe de Siegfried, para me insultar? O que, em sua memória, deveria afetar-me agora? — Ora, nós bem o sabemos — retrucou Alfred.  — Há algumas histórias contadas por nossas avós das quais não nos esquecemos. Então, desde então, as palavras e o sorriso amargo de Alfred perseguira

OS ESPÍRITOS CANIBAIS - Conto Clássico de Terror - James Mooney

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OS ESPÍRITOS CANIBAIS (Lenda Cheroqui) James Mooney (1861 – 1921) Tradução de Paulo Soriano   Além dos amigáveis Nûñnĕ′hĭ — Espíritos Imortais — dos riachos e montanhas, existe uma raça de espíritos canibais, que fica no fundo dos rios profundos e vive de carne humana, especialmente de crianças pequenas. Eles saem logo após o amanhecer e andam, sem serem vistos, de casa em casa, até encontrar alguém que ainda esteja dormindo. Então, atiram as suas flechas invisíveis e carregam o cadáver para baixo da água, onde, em festa, celebram a captura.  Para que ninguém soubesse o que acontecera, os espíritos deixavam no lugar do corpo uma sombra ou imagem da pessoa ou criança morta, que acordava, falava e andava como se fosse a pessoa original. Mas não havia vida naquela cópia, e em sete dias ela definhava e fenecia, e as pessoas a enterravam pensando que estavam sepultando o companheiro morto. Muito tempo se passou até que as pessoas descobrissem o que realmente se passava. Fo

OS DENTES DO DEMÔNIO - Conto de Terror - Flávio de Souza

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  OS DENTES DO DEMÔNIO Flávio de Souza   I  No início sentiu-se uma brisa extremamente quente, um tórrido sopro, uma manifestação inexplicável que contrastava com o abraço gélido oferecido pela noite típica de inverno.  Parecia que algumas partículas em suspensão no ar atraíam-se mutuamente. Havia uma espécie de choque. Ouvia-se um suave tilintar. Logo, formou-se um círculo espiralado, um movimento incomum que culminou com o surgimento de um vórtice iluminado. Mas não era uma iluminação viva, na verdade era como se o deslocamento de ar sugasse a pouca luminosidade do local e a devolvesse como as sobras de um consumo ávido.  Suavemente, o deslocamento do ar quente pareceu retroceder. Então, uma massa disforme começou a tomar corpo, em substituição ao redemoinho que ali estivera. O ruído, semelhante ao som produzido por taças de cristal durante um brinde, deu lugar a um estampido ritmado, algo parecido com a mescla de um zumbido de abelha com o bater de asas de um pássaro de