DR. LUZ - Conto de Terror - Roberto Landulfo
DR.
LUZ
Roberto Landulfo
Eu
cheguei uma hora adiantado no consultório médico. Naquele dia o
trânsito estava, estranhamente, fluindo bem na cidade.
Para
não ficar sentado na sala de espera, lendo revistas antigas, resolvi
tomar algo no bar em frente ao consultório.
—
Por favor, uma dose de
conhaque.
Teria
que tomá-lo devagar, pois seria só uma dose, afinal não poderia ir
à consulta, “alto”.
O
tempo demorava a passar e a comecei a sentir aquela tontura diária,
motivo da minha visita ao médico.
—
O Sr. não quer comer algo?
Perguntou-me o balconista.
—
Não, obrigado.
Suguei
a última gota do copo, paguei a conta e atravessei a rua.
Entrei
no prédio, peguei o elevador, 10º andar, sala 85, clínico geral.
Na
recepção uma moça com não mais de 25 anos me atendeu.
—
Boa tarde. Tenho uma consulta
às 18 horas.
—
Por favor, carteirinha do
convênio e Rg.
Entreguei
tudo o que me foi pedido e fiquei aguardando na sala de espera.
Além
de mim um senhor, já com seus 70 anos, estava sentado na minha
frente, de pernas cruzadas, resolvendo, pelo que percebi,
palavras-cruzadas.
—Boa
tarde.
Não
obtive resposta. Aliás, minha presença sequer foi percebida por
ele.
Pus-me
a observar o local. Como imaginei, uma mesa de canto detinha uma
série de revistas antigas já gastas e amassadas pelo uso.
—País
africano...sete letras. Primeira letra, A.
Olhei
para o idoso e ele me fitava.
—
O Sr sabe?
Lembrei-me
do jogo WAR, motivo de muitas desavenças na adolescência.
—
Argélia? Respondi.
—
Espere um pouco...isso!
A
recepcionista o chama.
—Sr.
Ataíde, seu pedido de exames está pronto.
O
idoso se levantou e passou do meu lado comentando e sorrindo:
—
Quem diria, Argélia!
Pegou
o seu pedido e foi-se embora ainda lendo as palavras-cruzadas.
Eu
fiquei sozinho na sala de espera. Após cinco minutos a recepcionista
me chama:
—Sr.
Paulo, pode entrar. O Dr. Caio vai atendê-lo.
Levantei-me
e segui o trajeto até o consultório. Sentei-me em uma das duas
poltronas de veludo vermelho em frente à mesa do médico. Ouvia-se
música clássica em volume bem discreto.
Senti
novamente aquela tontura e uma pontada no lado direito do abdômen.
Neste momento escutei uma descarga de vaso sanitário e após alguns
segundos o barulho de água corrente. Uma porta se abre e um senhor
de cabelos grisalhos sorriu para mim.
—
Boa tarde. Esperou muito tempo?
—Cheguei
muito cedo...rs.
—E
nesse período, tomou quantas doses? — Sentando-se na cadeira.
—
Como sabe que bebi? Perguntei
intrigado.
—O
odor que vem de você o denuncia...
Discretamente
tentei sentir esse odor em mim.
—Ha
quanto tempo você bebe, Paulo?
—Desde
os quinze anos.
—O
que anda sentindo?
—Náuseas,
tontura, emagreci bastante e uma dor do lado direito, aqui...
Ele
fez um comentário que eu ainda não notara em mim.
—Já
percebeu que os seus olhos estão levemente amarelados? Você sabia
que provavelmente está com cirrose?
—O
que é isso?
—Seu
fígado está doente por causa dos anos de alcoolismo. Vamos ver a
extensão dos danos com um ultrassom e exames complementares.
—Isso
tem cura?
—Talvez.
Deite na maca e levante a camisa.
Ele
ligou o aparelho de ultrassom e me examinou.
Suspirando,
pediu-me para levantar.
—A
imagem dele não está nada boa. Vou encaminhá-lo para um
especialista de minha confiança e gostaria que você o visse o
quanto antes.
—
Corro risco de morte, Dr.?
—Não
posso afirmar isso. Este é o cartão dele. Procure-o ainda esta
semana. Vou passar o seu caso e faça os exames.
Peguei
o cartão sem olhar o seu conteúdo e coloquei-o no bolso da camisa.
Fui
para casa pensando no que eu tinha feito, comigo mesmo, durante todos
esses anos.
Entrei
no meu apartamento e como de costume fui direto ao bar preparar uma
bebida.
Quando
ia tomá-la, parei por alguns segundos. Tirei o cartão do médico do
bolso e li: “Dr. Lúcio Fernandez Luz” – Médico.
Sentei-me
no braço do sofá e pelo celular liguei para o telefone do cartão.
—
Clínica Luz, boa noite.
—
Eu quero marcar uma consulta
com o Dr. Lúcio, por favor. Quem me encaminhou foi o Dr. Caio.
—Ah,
sim, temos hora para amanhã às 23 horas.
—
Nossa, tão tarde?
—São
muitos pacientes, Sr.
—Ok,
Vocês aceitam convênio?
—
Os pacientes encaminhados pelo
Dr. Caio não é cobrada a consulta.
—
Sério?!Ok, então amanhã às
23 horas.
Desliguei
o telefone e empunhei a bebida. No final da terceira dose, pensei em
comer algo. Fui até a geladeira e, após uma rápida olhadela, nada
me atraiu. Fui dormir.
No
dia seguinte, no escritório, senti enjoo e novamente pontadas no
fígado.
—Paulo,
está tudo bem? Faz tempo que noto que você anda abatido.
Quem
perguntava era Sérgio o meu colega mais antigo de trabalho.
—
Parece que tenho um probleminha
no fígado. Vou ao médico hoje.
—Você
bebe muito. Já te alertei sobre isso.
No
final do expediente juntei minhas coisas e resolvi fazer hora pela
rua até o horário da consulta. Jantei em um bar, observando o
movimento da avenida perto do prédio onde eu trabalhava.
Às
22 horas paguei a conta e fui ao estacionamento buscar o meu carro.
Cheguei
ao consultório com quinze minutos de antecedência.
A
recepcionista extremamente sorridente me deu as boas vindas.
—Boa
noite, Sr. Paulo. Fique à vontade que o Dr. Lúcio já vai lhe
atender. Aproveite para tomar um café ou chá.
O
consultório do Dr. Lúcio era muito mais sofisticado que o anterior.
Poltronas de couro preto, quadros espalhados por uma vasta sala de
espera, uma enorme TV de LCD sintonizada, naquele momento, em um
programa religioso.
Sentei-me
e peguei uma revista, pasmem, atual. Porém, não tive muito tempo
para folheá-la.
-Pode
entrar, Sr. Paulo.
Ao
entrar na sala de consulta, um jovem, esbelto, de jaleco e gravata me
recebeu com um vasto sorriso.
—Olá,
Paulo, muito prazer! O Caio me ligou e explicou o seu problema.
Sente-se.
Sentei-me
em uma poltrona defronte a uma escrivaninha de madeira, toda
entalhada. Sobre ela apenas um notebook.
—Tenho
salvação Dr.?
—Você
quer ser salvo?
—Sim.
—
Ótimo escutar isso! Parece que
o vício do álcool estragou bem a sua saúde. Os seus sintomas são
típicos de cirrose hepática. Mas acho que podemos reverter isso.
Ele
olhou o Ultrassom e enquanto lia o laudo eu perguntei:
—O
que tenho que fazer?
Devolveu-me
o exame e respondeu:
—Existe
um tratamento, desenvolvido por mim, simples, sem dor ou efeitos
colaterais, porém exige dedicação e disciplina ao extremo sem
questionamentos. Será pelo resto da sua vida. Vários pacientes já
o usaram satisfatoriamente e os resultados positivos já aparecem na
primeira semana.
—Estou
disposto e pronto para isso. Acho que não tenho muitas opções.
—Ótimo!
Primeiro vou lhe explicar detalhadamente o que deverá fazer a partir
de amanhã e aí sim você vai me confirmar a sua aceitação
mediante a assinatura de um contrato de prestação de serviços.
—
Sou todo ouvido, Dr. Ah, e
esses exames complementares?
—Não
serão necessários e não mudarão a minha conduta. Uma equipe minha
irá até a sua casa ainda hoje e instalará em um dos cômodos um
dispositivo desenvolvido por mim que liberará, diariamente às
03h15min, um comprimido que deverá ser ingerido com um copo de água.
A partir do momento que você tomar o primeiro, não poderá parar
mais.
Fiquei
alguns segundos perplexo com esse tratamento, mas pedi para
continuar.
—O
tratamento não pode ser interrompido de forma nenhuma. Qualquer
comprimido que não seja tomado exatamente após liberado, às
03h15min, se deteriorará imediatamente e não poderá ser reposto. O
tratamento se perde, mesmo que isso aconteça daqui 5 ou 10 anos. A
notícia boa é que você não precisa parar de beber.
—Sério?
Dr., esse dispositivo é móvel? Posso viajar e levá-lo comigo?
—Infelizmente
não. Ele será devidamente fixado na parede do cômodo e não poderá
ser movido depois de acionado. Ele é extremamente delicado e
suscetível a erros por movimentos. Aliás, nem mudar de residência
você poderá.
—Estou
meio confuso. Serei prisioneiro do dispositivo?
-Ora
Paulo! Antes um prisioneiro condenado à prisão perpétua do que a
morte. Então, está de acordo com as condições?
-Só
mais uma pergunta. Qual o custo disso?
—Me
pagará no devido tempo, após o resultado final.
Então,
ele tirou uma pasta debaixo da sua mesa e pegou o contrato já
devidamente elaborado.
—É
esse o contrato?
—Sim,
pode lê-lo.
—Melhor
resolvermos isso logo. Tem uma caneta?
Fui
até a última página do contrato e assinei-o.
—Excelente
decisão Paulo! Parabéns!
Ele
olhava para o contrato assinado como uma criança olha para um doce.
—Agora
vá para casa e aguarde.
Ao
chegar em casa, na porta do prédio, vi duas pessoas de macacão
branco, com uma caixa de papelão não maior que um forno de
micro-ondas.
—Sr.
Paulo?
—Pois
não? — respondi receoso.
—Viemos
instalar o dispositivo da clínica Luz.
—Mas
agora? E o barulho? Esta tarde...
—A
instalação não fará barulho algum. Fique tranquilo.
Subimos
para o meu apartamento e fomos para a cozinha, lugar onde eles
acharam mais apropriado para instalação.
Abriram
a caixa e dentro de um invólucro de isopor, tiraram um cubo branco,
metálico, com uns 30 cm de altura e largura. Na frente um relógio
digital, já funcionando. Logo abaixo do mostrador, duas luzes, uma
vermelha e outra verde. Abaixo destas luzes um orifício por onde
provavelmente sairia o comprimido e cairia num recipiente de plástico
transparente. Em um dos lados do cubo uma entrada para uma chave. O
cubo era hermeticamente fechado. Não tinha acesso por nenhum dos
lados.
Fixaram
o mesmo na parede através de fitas dupla face. Um dos rapazes sacou
do bolso uma chave e girou-a na lateral do cubo. A luz verde se
acendeu.
—Pronto,
Sr. Paulo. Está tudo em ordem. Boa noite.
Fiquei
observando aquele dispositivo por algum tempo e decidi tomar um trago
até a primeira dose do remédio. Afinal eu estava liberado para
beber!
Assisti
TV acompanhado do meu uísque, durante mais duas horas, quando
escutei um sinal sonoro vindo da cozinha.
Meio
tonto por conta da bebida fui para a cozinha e a luz verde piscava.
Olhei mais de perto e vi um comprimido dentro do recipiente plástico.
Peguei o comprimido que mais parecia uma aspirina e tomei-o com um
gole de água.
Às
03h16min a luz verde parou de piscar e ficou fixa.
Fui
dormir.
Às
07h30min levantei-me e pela primeira vez, em muitos meses, acordei
faminto.
A
caminho da repartição parei no bar de costume e tomei meu conhaque
matinal com um belíssimo misto quente. Pedi outro para viagem.
Na
repartição, as 10horas, comi o segundo misto quente e ao meio dia
fui almoçar em uma churrascaria.
Com
o passar das semanas eu ganhei 8 quilos e as tonturas e dores
passaram. Eu, também, estava bebendo mais. Muito mais. As minhas
saídas noturnas tinham se tornado diárias, mas sempre colocava o
despertador do relógio de pulso para não esquecer do comprimido.
Certa
vez, por acaso, eu não havia saído de casa devido a uma tempestade
de verão. Fiquei assistindo TV e dormi na poltrona. O meu relógio
tocou às 2h45 min., levantei e tomei uma cerveja sentado em um
banquinho na cozinha, em frente ao dispositivo, observando o
dispositivo e esperando o tempo restante.
Quando
o digital marcou 03h05min, a luz verde apagou e se acendeu a
vermelha, piscante. Eu sabia que algo estava errado, mas não sabia o
que era. E se o comprimido não saísse? Dei umas leves batidas no
dispositivo, mas não adiantou. As 03h10min eu estava desesperado.
Nisso o interfone toca. Atendi, o de olhos fixos na luz vermelha.
—Sr
Paulo, somos da clínica do Dr. Luz. Viemos fazer a manutenção do
dispositivo.
—Subam,
agora!.
Deixei
a porta aberta. Não havia tempo a perder, já eram 03h12min.
—Boa
noite, Sr. Paulo. Com licença.
Eram
os mesmos dois que tinham vindo à primeira vez. Adentraram a cozinha
e de dentro de uma mochila retiraram uma caixinha preta com uma
antena. Colocaram essa caixa em cima do dispositivo e neste momento
uma luz vermelha também se acendeu na caixinha. Os dois apenas
observavam, e eu olhava aflito o relógio: 03h14min.
Alguns
segundos antes das 03h15min a luz vermelha da caixinha preta apagou e
acendeu uma verde. Logo em seguida o dispositivo fez a mesma coisa e
alguns segundos depois exatamente às 03h15min o dispositivo liberou
o comprimido. Tomei-o rapidamente.
Ao
virar-me para agradecer, os dois já não estavam mais ali. Fiquei
pensando como eles sabiam do problema ocorrido e chegaram tão
rápido. Mas lembrando das recomendações do Dr. Lúcio, nada de
perguntas.
Uma
vez por mês a manutenção ia à minha casa e colocava aquela
caixinha preta em cima do dispositivo. Todo o dia 06 às 3horas da
manhã. Nessa data eu os deixava na cozinha e ia para a sala. Quando
voltava já não havia mais ninguém e o dispositivo funcionava
corretamente. Não tive mais problemas com ele.
E
se passaram os meses e eu já havia virado um boêmio. Só evitava
beber no trabalho, mas após o serviço as noitadas eram inevitáveis.
Várias vezes quase perdi a hora do remédio, mesmo com o meu relógio
avisando.
No
final do ano, os meus colegas estavam combinando uma comemoração em
uma boate. Só para os homens. Todos inventariam uma desculpa em
casa. Isso aconteceria no dia 22 de Dezembro.
Neste
dia fui trabalhar de carro. Após o expediente nos reunimos no bar
embaixo do escritório. Às 22 horas fomos para a boate. No meu carro
poderiam ir mais três pessoas. Quando sentei no volante, Sérgio
segurou meu braço.
—Eu
vou guiando.
Não
discuti.
Na
boate bebi mais do que nunca e acabei praticamente desmaiado em um
canto.
Quando
despertei, alguns colegas estavam dormindo e outros já não estavam
mais no local.
Olhei
no relógio, eram 02h55min. Eu tinha que chegar em casa o mais rápido
possível. O relógio tocou e eu não escutei.
Saí
cambaleando, paguei a minha conta e fui até o meu carro, correndo,
tropeçando e esbarrando em todos e tudo à minha frente.
Passei
por uma mendiga, que estava sentada na calçada revirando um saco de
lixo. Ela fitou-me ao passar por ela e disse:
—Tu
tá condenado!
“Tem
que dar tempo”.
O
relógio marcava 03h05min.
À
frente da rua que eu trafegava uma blitz da polícia, mas eu não
podia parar. Acelerei mais. Cruzei o bloqueio em alta velocidade e
pelo retrovisor vi que dois policiais, de moto, já estavam atrás de
mim.
A
embriaguez havia reduzido os meus reflexos e estava difícil
controlar o carro. Em um cruzamento, passei o sinal fechado e outro
veículo cruzou à minha frente. Joguei o carro para o lado e nesta
manobra perdi o controle e bati de frente em um poste. Perdi os
sentidos.
Acordei
em uma maca no consultório do Dr. Lúcio que calmamente jogava
paciência em seu laptop. Ao ver que eu acordei, veio até mim
vagarosamente, sorridente.
—Olá
Paulo. Dormiu bastante...
—Como
vim parar aqui?
—O
meu pessoal da manutenção te trouxe.
—Eu
estou bem Dr.? Tive muitos ferimentos? Lembro-me até a batida.
—Você
está ótimo. Levante e veja por si mesmo!
—Acho
que a batida não foi tão forte.
—Foi
sim, Paulo. Muito forte. Você não iria querer ver como seu corpo
ficou, ainda mais que você estava sem cinto de segurança...
—Mas
eu estou vendo! Tudo inteiro!
—Estou
falando do seu corpo Paulo, a sua carcaça!
Nisso
ele apertou uma tecla no laptop que abriu uma tela onde passava uma
reportagem de TV que mostrava um acidente de carro com uma vítima
fatal na madrugada do dia 23 de Dezembro.
—Mas
é o meu carro...
Ainda
não entendia o que estava acontecendo, mas o Dr. Lúcio, aos poucos,
de modo sádico, ia me revelando.
—Você
leu o contrato que assinou comigo?
—Não...
O que tinha nele?
—A
salvação da sua vida desde que você seguisse rigorosamente o
tratamento.
—Eu
segui!
—Você
tomou o remédio às 3h15min do dia 23 de Dezembro?
—Mas
eu sofri o acidente!
—Você
tomou??? — Ele repetiu.
—Não.
—Muito
bem, Paulo, cláusula terceira do contrato: “Caso o contratante não
siga a risca o tratamento, em horários e dias acordados, acarretará
o que segue abaixo: parágrafo único - Retirada incondicional do seu
bem mais precioso, que passará a ser de propriedade do Dr. Lúcio
Fernandes Luz”. Você concordou e assinou, Paulo!
—Meu
bem mais precioso? Não tenho nada que te interesse.
Ele
sorriu maleficamente e apontou o seu dedo indicador da mão esquerda
em minha direção.
—Tem
sim, Paulo. A sua alma! Você a entregou para mim, de livre e
espontânea vontade!
—
Lúcio Fernandes...como não
percebi. Lúcifer...
Uma
lágrima correu dos meus olhos.
—
Não chore, Paulo. Vamos tomar
um trago para comemorar. Afinal o tratamento acabou dando certo. Você
pode beber à vontade!!!!!Rs.
Comentários
Postar um comentário