A PEQUENA POSSUÍDA DE STEINBACH - Narrativa Clássica Sobrenatural - Catherine Crowe
A PEQUENA
POSSUÍDA DE STEINBACH
Catherine Crowe
(1803 – 1876)
Tradução de Paulo Soriano
Bárbara Rieger,
uma garotinha de dez anos de Steinbach, estava possuída por dois espíritos, que
falavam em dois dialetos diferentes, com distintas vozes masculinas.
Um dos espíritos
afirmava que havia sido pedreiro; o outro se apresentava como um magistrado
eclesiástico falecido; este último era o pior dos dois. Quando os espíritos falavam,
a criança fechava os olhos e, quando tornava a abri-los, nada sabia do que eles
haviam dito.
O pedreiro
confessou ter sido um grande pecador, mas o magistrado era orgulhoso e empedernido,
e nada confessava.
Muitas vezes,
pediam comida, e a obrigavam a comer, mas estes bocados não alimentavam a criança,
pois, quando esta voltava a si, mostrava-se muito faminta.
O pedreiro
gostava muito de conhaque e bebia muito; e, se não o trouxesse quando ele pedia,
sua fúria e rugidos eram terríveis. Mas a criança, quando no domínio de sua
personalidade, tinha a maior aversão a essa bebida.
Trataram-na com
remédios para vermes e outras doenças, mas sem qualquer eficácia; até que, por
fim, o pedreiro foi expulso pelo magnetismo. O magistrado mostrou-se mais pertinaz,
mas, finalmente, o magnetismo o subjugou, e a garota se restabeleceu
plenamente.
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