O PÉ DE ZIMBRO - Conto Clássico de Horror - Imãos Grimm
O
PÉ DE ZIMBRO
Irmãos
Grimm
(Jacob
Grimm [1785 – 1863] e Wilhelm Grimm [1786 – 1859])
Há
muito, muito tempo — algo como dois mil anos — vivia um homem muito rico que
tinha uma mulher tão bela quanto piedosa. Eles se amavam ternamente, mas não
tinham filhos, embora muito desejassem tê-los. A mulher rezava aos céus, dia e
noite, implorando para ter filhos. Mas os filhos não vinham. Frente à casa onde
vivia o casal, num pátio, crescia um pé de zimbro e, num dia de inverno, em que
a mulher estava sobre ele, descascando uma maçã, cortou um dedo e o sangue caiu
na neve.
—
Ah! — exclamou a mulher, soltando um suspiro profundo. E, ao olhar o sangue,
caiu em grande tristeza. — Ah, seu eu tivesse um filho vermelhinho como o
sangue e branquinho como esta neve!
E,
ao dizer estas palavras, sentiu de repente em seu imo uma grande alegria. Teve
o pressentimento de que algo de inesperado iria acontecer.
Ela
voltou para casa. Um mês se passou e a neve derreteu. Dois meses se passaram e
tudo verdejava. As flores brotaram da terra. Quatro meses se passaram e todas
as árvores entrelaçavam os seus galhos verdes. Os passarinhos cantavam e o seu
trinar ressoava por todo os bosques. As flores haviam caído das árvores ao fim
do quinto mês. E a mulher não se cansava de passar horas e horas sob o tão
perfumado pé de zimbro. O seu coração vibrava de felicidade e ela caía de
joelhos, em regozijo. Passado o sexto mês, quando os frutos estavam cheios e
substanciosos, ela sentiu em sua alma uma grande tranquilidade. Ao chegar o
sétimo, ela comeu tantas bagas de zimbro que, para a sua tristeza, adoeceu. Depois
que passou o oitavo mês, ela chamou o marido e, chorando, disse-lhe:
— Se eu morrer,
enterre-me sob o zimbreiro.
E,
de repente, ela se sentiu consolada e contente, e deste modo transcorreu o nono
mês. Deu à luz, então, a um menino branco como a neve e corado como o sangue. Ao
vê-lo, tão grande foi a sua felicidade que morreu de alegria.
O
marido a enterrou sob o zimbreiro e não parava de chorar. Depois de algum
tempo, suas lágrimas começaram a cair menos copiosamente, e, finalmente,
secaram. Então, tomou por esposa outra mulher.
Com
a segunda mulher ele teve outra filha e, como já dissemos, do primeiro
casamento lhe ficara um menino vermelho como o sangue e branco como a neve. Quando
a segunda esposa olhava para a filha, caía de amores por ela. Mas quando olhava
para o menino, o ciúme lhe oprimia o coração. Parecia-lhe que o pequeno era um
estorvo contínuo e pensava apenas em garantir à própria filha toda a herança
futura. O demônio lhe inspirou um ódio profundo ao garoto. Mandava-o de um lado
para o outro, tratando-o com empurrões e sopapos. Assim, o pequenino vivia em
constante sobressalto, aterrorizado. Quando voltava da escola, não tinha um
segundo de paz.
Certa
feita, quando a mulher se encontrava na despensa, a filha apareceu e lhe disse:
— Mamãe, dá-me uma
maçã?
—
Claro, minha filha — assentiu a mãe e lhe ofereceu uma bela maçã, que tirou da
arca. Esta tinha tampa enorme e pesada,
com uma fechadura de ferro grande e cortante.
— Mamãe — prosseguiu a menina —, não poderias dar, também, uma maçã ao meu irmãozinho?
A mulher ficou irritada, mas respondeu:
— Posso, mas somente quando ele voltar da escola.
Neste
momento, ao olhar pela janela, viu o menino chegar. Então, como se o demônio
houvesse penetrado em sua alma, a mulher arrebatou a maçã que dera à menina,
dizendo a ela:
— Tu não ganharás a
maçã antes de teu irmão.
E repondo a fruta na
arca, fechou-a. Quando o menino chegou à porta, o demônio a inspirou a
acolhê-lo com uma ternura fingida:
—
Meu filho, tu gostarias de ganhar uma maçã? — perguntou ao pequeno, olhando-o furiosamente.
— Mamãe — respondeu o
menino —, tu me olhas de um modo que me põe medo! Sim, quero uma maçã!
E a voz demoníaca interior fez com que ela dissesse:
— Vem comigo.
E, levantando a tampa
da caixa, disse:
— Apanha tu mesmo uma
maçã.
Assim
que o menino se curvou, diabo voltou a tentar a mulher. Ela fechou a arca tão
bruscamente, a fechadura cortante cortou a cabeça do menino, e esta caiu entre
as maçãs. No mesmo instante, a mulher caiu em grande aflição. Então pensou:
“Como sairei desta?”. Foi, pois, ao seu quarto e tirou de uma cômoda um pano
branco. Colocou novamente a cabeça sobre o pescoço do garoto e amarrou o pano
em torno dele, de maneira a que não se percebesse a ferida. Então, sentou o
menino morto numa cadeira diante da porta, com uma maçã na mão.
Mais
tarde, a pequena Marlene entrou na cozinha procurando a mãe, que estava junto
ao fogo, mexendo com uma colher, freneticamente, uma panela de água fervente.
—
Mamãe — disse a menina —, o meu irmãozinho está sentado em frente à porta. Está
todo branco e tem uma maçã na mão. Eu lhe pedi que ele me desse a maçã, mas ele
não me respondeu. Então fiquei muito assustada.
—
Volte lá — disse a mãe. — E se ele não te der resposta, dá-lhe uma bofetada.
A pequena Marlene foi
aonde o irmão estava e lhe disse:
— Irmão, dá-me a maçã!
Como
o menino não respondia, a menina aplicou-lhe um golpe na cabeça, que, caindo,
rolou pelo chão. A menininha ficou terrivelmente assustada e se pôs a chorar e
a gritar. Correu até a mãe e exclamou:
—
Mamãe, arranquei fora a cabeça de meu irmãozinho!
E chorava
desconsoladamente.
—
Marlene! — exclamou a mãe. — O que coisa terrível fizeste? Mas, fica calada e
não digas nada a ninguém, já que nada podemos fazer por ele. Assim, vamos
guisá-lo e fazer dele um ensopado.
E,
tomando o corpo do garoto, o cortou em pedacinhos. Jogou os pedaços na panela e
o cozinhou. A pequena Marlene chorava copiosamente, e tantas foram as lágrimas
que caíram na panela, que não foi preciso salgar a comida.
Quando o pai chegou a
casa, sentou-se à mesa e perguntou:
— Onde está o meu
filho?
A
mulher serviu-lhe uma grande travessa de carne com salsa negra, enquanto a
pequena Marlene continuava a chorar, sem parar. O homem tornou a perguntar:
— Onde está o meu
filho?
—
Oh — respondeu a mulher —, ele viajou para a casa dos parentes da mãe. Ele
pretende passar uma temporada com eles.
—
E o que ele vai fazer lá? Deveria, ao menos, despedir-se de mim.
—
Ele estava tão impaciente! Pediu-me para lá ficar por seis semanas. Ele será
bem cuidado. Estará em boas mãos.
—
Oh — exclamou o pai —, isto me deixa muito triste! Ele não agiu bem. Sequer se
despediu de mim!
Depois começou a comer.
Voltando-se para a
menina disse:
— Marlene, por que
estás chorando? Seu irmão virá logo.
E, dirigindo-se à
mulher, disse:
— Como a comida está deliciosa
hoje! Quero um pouco mais.
E,
quanto mais comia, mais o ensopado lhe parecia delicioso.
—
Quero um pouco mais — insistia. — Não quero que sobre nada. Parece-me que foi
todo feito para mim.
E
o pai continuou comendo, jogando os ossos sob a mesa, até que nada mais restou
na travessa.
Entrementes,
a pequena Marlene foi à sua cômoda e pegou da gaveta inferior o seu lenço de
seda mais bonito. Recolheu os ossos sob a mesa, envolveu-os no lenço e os levou
para fora, chorando lágrimas de sangue. Guardou-os entre a erva, debaixo do pé
de zimbro e, depois de fazê-lo, sentiu um grande alívio, parando de chorar.
Então
o zimbreiro começou a se agitar, separando e juntando os seus galhos tal qual
uma pessoa que, sentindo-se muito feliz, bate palmas. Em torno da árvore,
formou-se uma espécie de neblina e no meio dela surgiu repentinamente uma
chama, da qual saiu voando um belíssimo passarinho, que se elevou a uma grande
altura, cantando maviosamente. E quando desapareceu, o zimbreiro ficou
novamente como antes. Mas o lenço com os ossos sumira. A pequena Marlene sentiu
na alma uma grande paz e uma imensa alegria, como se o seu irmãozinho ainda
estivesse vivo. Entrou novamente e casa, sentou-se à mesa e comeu o seu jantar.
Mas
o pássaro continuou a voar. Chegou, então, à casa de um ourives, onde parou e
se pôs a cantar:
“Minha
mãe me matou,
Meu
pai me comeu,
E
minha irmãzinha Marlene
Os
meus ossinhos juntou,
Envoltos
num lindo lencinho de seda,
E
sob o pé de zimbro os enterrou.
Piu,
piu, que lindo passarinho eu sou.”
O
ourives estava em sua oficina, fazendo uma corrente de ouro. Ao ouvir o canto
do passarinho que pousara em seu telhado, considerou que nunca ouvira algo tão
bonito. Levantou-se e, ao passar diante da porta, perdeu um sapato. Assim, teve
de seguir até o meio da rua descalço de um pé. Usava, também, um avental. Trazia
numa mão a corrente de ouro e na outra uma pinça. O Sol inundava a rua com seus
raios brilhantes. Erguendo os olhos ele fitou o passarinho:
—
Como cantas bem! — disse. — Canta-me novamente a tua canção.
—
Não — respondeu o pássaro. — Se não me pagam, não torno a cantar. Dá-me a
corrente de ouro e cantarei novamente.
— Toma — disse o ourives. — Agora, canta para mim de novo.
O passarinho desceu, segurou a corrente com a patinha direita, e, pondo-se diante do ourives, cantou:
“Minha
mãe me matou,
Meu
pai me comeu,
E
minha irmãzinha Marlene
Os
meus ossinhos juntou,
Envoltos
num lindo lencinho de seda,
E
sob o pé de zimbro os enterrou.
Piu,
piu, que lindo passarinho eu sou.”
Depois
a pequena ave voou à casa de um sapateiro, e, pousando no telhado, voltou a
cantar:
“Minha
mãe me matou,
Meu
pai me comeu,
E
minha irmãzinha marlene
Os
meus ossinhos juntou,
Envoltos
num lindo lencinho de seda,
E
sob o pé de zimbro os enterrou.
Piu,
piu, que lindo passarinho eu sou.”
Ao
ouvir a canção, o sapateiro saiu de casa e olhou para o telhado, protegendo os
olhos com uma mão, para evitar que o Sol o cegasse.
— Como cantas bem,
passarinho! — disse ele.
E, voltando-se para a
casa, gritou:
—
Mulher, acode cá um momento. Ali há um passarinho. Tu o vês? Como é lindo o seu
canto!
Depois
chamou as filhas e os filhos dela, os aprendizes e as criadas. E todos vieram à
rua para contemplar o lindo pássarinho. Tinha ele uma plumagem vermelha e verde
e, em volta do pescoço, uma faixa de puro ouro, e os seus olhos eram
cintilantes como as estrelas.
—
Passarinho — disse o sapateiro —, canta-me novamente a tua canção.
—
Não — respondeu o pássaro. — Se não me pagam, não torno a cantar. Dá-me algo em
troca.
—
Mulher — disse o homem — vai ao sótão e traz-me, da prateleira do alto, um par
de sapatinhos vermelhos.
A
mulher, obedecendo, trouxe-lhe os sapatinhos.
— Toma — disse o
sapateiro. — Agora, canta-me novamente.
O passarinho desceu
rapidamente, segurou os sapatinhos com a pata esquerda, e, subindo ao telhado,
cantou:
“Minha
mãe me matou,
Meu
pai me comeu,
E
minha irmãzinha Marlene
Os
meus ossinhos juntou,
Envoltos
num lindo lencinho de seda,
E
sob o pé de zimbro os enterrou.
Piu,
piu, que lindo passarinho eu sou.”
Terminando
a canção, o pássaro alçou voo. Trazia na pata direita uma corrente de ouro e na
esquerda os sapatinhos. E voou até um moinho. E o moinho fazia: “clip-clap,
clip-clap, clip-clap”.
No
moinho estavam sentados vinte empregados do moleiro, que trabalhavam uma pedra,
que cortavam, e ouvia-se: “rac-rac, rac-rac,rac-rac”.
E
o moinho continuava a soar: “clip-clap, clip-clap, clip-clap”.
Então
o passarinho pousou em uma tília frente do moinho, cantando:
“Minha
mãe me matou...
E um dos homens parou
de trabalhar.
“Meu
pai me comeu...
E
mais dois homens pararam de trabalhar e ficaram a escutar:
“E
minha irmãzinha Malene...
Então
quatro homens pararam de trabalhar.
“Os
meus ossinhos juntou...
E
agora somente oito homens continuavam a trabalhar.
”Envoltos
num lindo lencinho de seda...
E
agora somente cinco trabalhavam...
“E
sob o pé de zimbro os enterrou...
E
agora, apenas um.
”Piu,
piu, que lindo passarinho eu sou.”
O
último dos trabalhadores parou para escutar o derradeiro verso.
—
Passarinho — disse o trabalhador —, teu canto é tão belo! Canta-me novamente,
porque eu quero ouvir-te desde o início.
—
Não — respondeu o pássaro. — Se não me pagam, não torno a cantar. Dá-me a mó e
eu cantarei novamente.
—
Se ela fosse apenas minha — respondeu o trabalhador —, eu te daria.
—
Se cantares novamente — disseram os demais — nós te daremos a mó.
O
passarinho desceu rapidamente, e todos os vinte empregados, lançando mão de uma
alavanca, levantaram a mó. E o pássaro passou o pescoço pelo buraco da pedra,
como se esta fosse um colar. E, voando novamente para a árvore, cantou:
“Minha
mãe me matou,
Meu
pai me comeu,
E
minha irmãzinha Marlene
Os
meus ossinhos juntou,
Envoltos
num lindo lencinho de seda,
E
sob o pé de zimbro os enterrou.
Piu,
piu, que lindo passarinho eu sou.”
E,
tendo concluído a canção, bateu asa e voou. Lavava na pata direita a corrente,
na esquerda os sapatinhos e no pescoço a mó.
Então
alçou voo para longe, para muito longe, rumando para a casa de seu pai.
Estavam
o pai, a mãe e a pequena Marlene sentados na sala. Disse o pai:
—
O quão tranquilo eu me sinto! Estou tão feliz!
—
Mas eu não estou — disse a mãe. — Sinto-me tão atormentada! É como se uma
grande tempestade estivesse para vir.
Já
a pequena Marlene chorava sem parar.
Foi
quando chegou, voando, o pássaro. Tendo pousado no telhado, disse o pai:
—
Como me sinto feliz! Lá fora, o Sol brilha esplendidamente. Tenho a impressão de
que irei rever um velho amigo novamente.
—
Eu não — disse a mulher. — Sinto-me tão preocupada que os meus dentes estão
batendo. Sinto como se tivesse chamas correndo nas veias.
E
ela rasgou os vestidos em busca de frescor, enquanto a pequena Marlene, num
cantinho, continuava a chorar. Chorava tanto que, com o prato diante dos olhos,
encharcava-o completamente. Então o pássaro pousou no pé de zimbro e cantou:
“Minha
mãe me matou...
Então
a mãe tapou os ouvidos e fechou os olhos. Embora nada visse ou ouvisse, havia
um estrondo em seus ouvidos, como a mais violenta tempestade, e seus olhos
ardiam e flamejavam como um relâmpago.
“Meu
pai me comeu...
—
Oh, mãe — disse o pai —, é uma linda ave! E canta tão maviosamente! E o Sol
brilha esplendidamente. E há uma fragrância de canela no ar.
“E
minha irmãzinha Marlene...
Então
a pequena Marlene pôs a cabeça nos joelhos e chorou sem parar. Mas o homem
disse:
—
Vou para fora. Quero ver a ave bem de perto.
—
Oh, não vá! — disse a mulher. — Sinto como se a casa tremesse e estivesse em
chamas.
Mas
o homem saiu e contemplou a ave.
“Os
meus ossinhos juntou,
Envoltos
num lindo lencinho de seda,
E
sob o pé de zimbro os enterrou.
Piu,
piu, que lindo passarinho eu sou.”
Então
a ave deixou cair a corrente de ouro, exatamente em torno do pescoço do homem e
a corrente assentou-se-lhe perfeitamente. Ele entrou em casa, dizendo:
—
Vinde ver a linda ave, que me deu esta linda corrente de ouro, que é tão bonita
quanto ela!
Mas
a mulher estava tão aterrorizada que foi ao chão e a touca que usava
desprendeu-se de sua cabeça.
E
o pássaro cantou novamente:
“Minha
mãe me matou...
—
Oh — disse a mulher — quisera estar mil pés abaixo do chão para não ter que
ouvir isto!
“Meu
pai me comeu...
Então
a mulher caiu novamente, como se estivesse morta.
“E
minha irmãzinha Marlene...
—
Também vou sair — disse Marlene — para ver se a avezinha me dá alguma coisa.
“Os
meus ossinhos juntou,
Envoltos
num lindo lencinho de seda...
Então
a ave deixou cair-lhe os sapatinhos.
“E
sob o pé de zimbro os enterrou.
Piu,
piu, que lindo passarinho eu sou.”
Felicíssima,
Marlene calçou os novos sapatinhos vermelhos e saiu a dançar e saltitar pela
casa.
—
Oh — disse ela —, eu estava tão triste quando saí, mas agora estou tão alegre!
É uma ave maravilhosa! Ela me deu um par de sapatinhos vermelhos!
A
mulher se levantou de repente, e seus cabelos se eriçaram como se tomado por
labaredas.
—
Sinto como se o mundo se acabasse — disse ela. — Talvez, se eu também sair,
sinta-me melhor.
Então
ela foi à porta e... Bam! A ave deixou cair sobre a cabeça da mulher a pedra de
moinho, esmagando-a. O pai e a pequena Marlene ouviram o barulho e saíram,
vendo a fumaça, a chama e o fogo que se elevavam do lugar. E, quando tudo se
acalmou, viram, à sua frente, o irmãozinho. De volta, o garoto pegou o pai e a
pequena Marlene pela mão. Repletos de alegria, os três voltaram para casa e
sentaram-se à mesa para jantar.
Versão em português de
Paulo Soriano.
Perfeito! S2
ResponderExcluirAdorei.
ResponderExcluirPerfeito vei
ResponderExcluirBranca de neve foi inspirada neste conto
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