A VINGANÇA DO MORTO - Conto Clássico de Terror - Viriato Padilha


 

A VINGANÇA DO MORTO

Viriato Padilha

(1866 – 1924)

 

A história que passamos a contar e que desentranhamos de uma velha crônica, já rendada pela traça, remonta ao primeiro período da colonização do Brasil. Teve por teatro a velha capitania de Pernambuco, e começa em tempos da governação geral de Manuel Teles Barreto.

* * *

 Lopo de Vila Flor era o que, com toda a franqueza e sem cerimônia, se pode chamar um refinadíssimo patife.

 Bêbado, jogador, devasso, desordeiro e mesmo ladro, quando se lhe oferecia ocasião de defraudar o alheio, o governo de Portugal viu-se obrigado a deportá-lo para o Brasil, não obstante ser ele filho espúrio de um dos condes de Vila Flor, gente que surgia na primeira linha da nobreza lusitana.

 Não eram raros os indivíduos desse quilate entre os fidalgos do século XVI. Os extensos privilégios de que gozava a nobreza, a noção errônea e perniciosa do demérito trazido pelo trabalho, a divisão social de classe, a frouxidão da justiça, embaraçada e desvirtuada pela incompreensão do princípio de equidade, uma pesada ignorância, fanatismo e preconceitos de toda a casta influíam tão diretamente na depreciação do caráter, que até príncipes herdeiros presuntivos da Coroa, como esse filho de Henrique IV de Inglaterra, e outros, figuram às vezes na tradição como heróis de orgias, onde da bebedeira se passava ao roubo e ao homicídio, sendo, em seguida, tudo isso lavado da consciência por uma rica dotação a um convento ou uma peregrinação aos grandes centros de devoção cristã —Jerusalém, Roma, Santhiago etc.

Ora, nestes casos estava o herói da presente história. Filho do Conde Vila Flor com a viúva de um fidalgo que morrera na Índia, pelejando pelo lustre das quinas portuguesas, Lopo fora criado com todo carinho e mais que exagerada solicitude no faustoso solar do conde. Crescera sendo-lhe permitidas pelo pai todas as extravagâncias, e cedo os fâmulos e servos começaram a suportar o gênio caprichoso e brutal do fidalguinho, sempre desculpado pelo velho conde, que por ele tinha um afeto vivíssimo.

Chegando à idade viril, Lopo começou, dilatado assim o campo das suas aventuras, a exercer a sua índole, mas nos simples campônios, que o tinham por verdadeiro demônio: quotidianamente chegavam ao pai notícias de espancamentos, desrespeitos a donzelas, e perversidades de toda a espécie praticadas pelo seu benjamim, e tanto este cresceu em audácia e cinismo que um dia levantou mão criminosa contra o pai, quando o repreendia por certo delito.

Indignou-se por tal forma o velho e honrado conde, com esse iníquo procedimento do infame, que, fazendo calar o grande amor que lhe consagrava, o expulsou da casa paterna, cobrindo-o de maldições.

Então Lopo de Vila Flor passou-se para Lisboa, onde, em consequência do alto conceito que gozava sua família, recebeu logo ao chegar favorável acolhimento na Corte. Cedo, porém, revelando o degradante fundo do seu caráter, incompatibilizou-se com a sociedade lisboense, e a polícia do rei viu-se obrigada a deportá-lo para o Brasil, onde não seria tão prejudicial — por ser este país uma terra larga —, dizia o alvará que o remeteu.

Eis o personagem que vai figurar como protagonista da presente história.

* * *

Com a mudança de ares não modificou Lopo o seu comportamento, e a população de Olinda contou desde o dia da sua chegada com mais um flagelo em seu seio. A sua vida decorria entre o bordel, a taverna e a espelunca, atribuindo-se-lhe grande número de desacatos às pessoas e lesões às propriedades. As cousas chegaram a tal ponto que o ouvidor lhe moveu séria perseguição, e o nosso valdevinos, para furtar-se às garras da justiça, evadiu-se de Olinda, por uma madrugada, buscando a Villa do Cabo. Com isto contentaram-se os moradores da velha capital pernambucana e o ouvidor deu por finda a sua missão.

A nossa, porém, irá mais longe, e nessa batida não abandonaremos mais o tresloucado fidalgote.

* * *

Havia duas horas que Lopo de Vila Flor cavalgava em direção ao Cabo, e o Sol já vinha rompendo, quando percebeu na sua frente um outro cavaleiro que seguia a mesma direção que ele. Lopo, interessando-se em saber quem era o cavaleiro, deu de esporas à égua que montava, e em breves minutos emparelhava com o matutino viandante.

Era d. Sancho, jovem fidalgo seu conhecido, bom rapaz, porém um tanto amigo do jogo, fato que permitiu a Vila Flor travar com ele relações em uma espelunca.

Cumprimentaram-se alegremente, e logo entabularam conversação. D. Sancho ia à vila da Escada visitar um tio, rico proprietário de engenhos, dessa localidade; Lopo Vila Flor, ocultando o verdadeiro motivo da sua retirada de Olinda, disse ao companheiro que se dirigia à vila do Cabo por motivo de negócio.

Não falaram mais sobe os motivos da jornada, e começaram os dois, ao trote lago de suas cavalgaduras, a discretear sobre a vida em Olinda, e, principalmente, sobre aventuras de jogo.

Assim, chegaram a um ponto em que o caminho era atravessado por um límpido regato. Aí, virando-se d. Sancho para Vila Flor, disse-lhe:

— Amigo, já que o acaso nos reuniu para companheiros de jornada, permita que o convide participar de um magro almoço que aqui trago, o qual, embora pouco sólido e variado, servirá para restabelecer em nossos estômagos um certo equilíbrio.

— De bom grado — respondeu Vila Flor —, mesmo porque o ar fresco da manhã e o trote deste cavalo abriram-me danadamente o apetite.

— Nesse caso, façamos alto aqui, a fim de aproveitarmos esta belíssima água.

— Como queira.

 Apearam-se, amarraram os cavalos no tronco de um espinheiro, e sentaram-se comodamente na barranca a fim de apreciarem o almoço, que constava de uma boa lasca de presunto, um requeijão, farinha de mandioca e um botijão de excelente vinho português. Comeram e beberam melhor, tudo na mais satisfatória harmonia, e, terminada a refeição, Lopo disse para o companheiro:

— Para que a nossa pequena festa seja completa, devemos agora jogar alguns cruzados numa pequena parada.

— Mas onde estão os dados?

— Tenho-os aqui.

— Todavia, não jogo, pois não venho suficientemente abastecido de dinheiro.

— Nem eu também me acho folgado. No entanto, vinte ou trinta cruzados que se percam não aleijam ninguém, nem pelo temor de perdê-los deve-se deixar escapar tão boa ocasião.

—Vá lá, porém, com uma condição.

— Aceito-a desde já.

— É que, quando qualquer de nós tenha perdido quarenta cruzados, não se jogará mais.

— Às mil maravilhas. Todo o meu dinheiro é apenas cinquenta cruzados e assim me ficarão ainda dez para os gastos.

Convém observar ao leitor que cinquenta cruzados, ou por outra vinte mil réis, eram naquele tempo uma quantia assaz importante, a regular-se pelos ordenados dos governadores-gerais, os quais, embora representassem a pessoa real e tivessem um mando que ia até o direito de morte em peões e gentios, apenas percebiam 400$000 anuais.

Estabelecida a preliminar da suspensão do jogo, logo que um dos parceiros perdesse quarenta cruzados, Lopo de Vila Flor tirou do bolso do gibão uns dados de osso, e começou a partida, tendo cada um parado dez cruzados de mão.

Lopo perdeu, e d. Sancho embolsou o dinheiro. Seguiu-se uma outra partida, também de dez, e Lopo tornou a perder. Já um tanto impaciente, Lopo jogou numa terceira partida o resto dos quarenta cruzados da convenção, isto é, vinte.

 Tornou a perder, e d. Sancho, embolsando as moedas, levantou-se disposto a prosseguir em sua viagem. Deteve-o Vila Flor com estas palavras:

— Amigo, joguemos outra partida”.

— Por forma alguma; segundo dissestes, o vosso dinheiro constava unicamente de cinquenta cruzados, perdestes quarenta. Com que dinheiro fareis o resto de vossa jornada, si a sorte continuar a fugir de vez numa nova parada? Eu tenho por princípio inabalável não restituir dinheiro ganho em jogo, ainda que o perdesse o meu próprio pai, e, depois, foi a condição que ditei antes de começarmos o jogo...

— Com que, então, d. Sancho — redarguiu colérico o filho do conde de Vila Flor, me arrancaste quarenta cruzados e assim me deixais no meio da estrada, quase sem dinheiro para pagar a hospedagem na primeira albergaria?!... Permiti que vos diga, sr. d. Sancho, que vosso procedimento se assemelha muito ao de um bandido de estrada.

— Sr. Lopo, se a nobre família de Vila Flor tem por habito tragar, sem protesto de ponta de espada, insultos como os que acabais de proferir, nunca a de Sancho de Miranda, em todos os seus descendentes, até o mais longínquo futuro, sofrê-las-á sem responder ao atrevido, enristando-lhe o ferro dos desagravos honestos.

Eram de bom gosto, nesse tempo, essas tiradas infladas de bazófia e sensitivos pundonores, mas, assim como se dizia, fazia-se, e, seguindo a regra, d. Sancho procurou desnudar a espada.

Embaraçou-se, porém, em tirá-la da bainha, e o pérfido Vila Flor, aproveitando-se desse desarmamento momentâneo, sacou da sua adaga e enterrou-a até as guardas no peito do inimigo.

D. Sancho, sem soltar um gemido, tombou, golfando sangue pela boca. Em três segundos, era cadáver.

 Lopo de Vila Flor, saqueando-lhe as algibeiras, arrastou o corpo para junto de um penhasco, que da estrada não se percebia, e, em seguida, continuou a sua viagem, sem se preocupar o mais levemente possível com o monstruoso crime que acabava de perpetrar.

Ora... tinha na algibeira dinheiro suficiente para a crápula... Que lhe importava o cadáver feito por suas mãos, que ficava apodrecendo junto à estrada, sem ao menos uma cruz presidindo à final consumação da carne? 

* * * 

Passaram os tempos. Insuficiente como era a polícia no primeiro período de colonização do Brasil, tendo de exercer-se de minguadas forças e em dilatadíssimas extensões, apesar dos esforços empregados pela família de d. Sancho, a fim de descobri-lo, o crime de Lopo Vila Flor não foi conhecido, e o assassino continuou a desregrada vida de bebedeiras, jogatinas e crápula.

 Cinco anos já eram decorridos, quando aconteceu um dia cursar Vila Flor caminho entre a Escada e Olinda. Era a primeira vez que isso lhe acontecia depois que ali praticara o seu nefando homicídio, do qual bem pouco se lembrava já.

Cavalgando, chegou ao riacho, onde cinco anos antes havia feito a merenda e jogado aquela partida de dados que tão fatal fora a d. Sancho.

Então viu-lhe ao pensamento todos os incidentes daquela triste cena, e como por sugestão diabólica, teve viva curiosidade de examinar o lugar em que havia depositado o cadáver do inditoso mancebo. Não pode resistir à tentação, e, apeando-se, dirigiu-se para o penhasco.

Logo o encontrou.

O cadáver apodrecera ali mesmo, e fora devorado pelos corvos. Os ossos achavam-se espalhados por um circuito de quatro a cinco braças, no qual a relva havia fenecido.

Bem no centro da ossada dispersa achava-se a caveira.

Lopo de Vila Flor teve um gesto de horror assim que avistou esses restos, porém, domando tal movimento, procurou encher-se de coragem, e apostrofou a caveira da seguinte forma:

— Então, d. Sancho, queres agora jogar mais uma partida?

E sorriu-se, admirado do próprio cinismo.

Qual não foi, porém, o seu assombro ao ver a caveira torcer-se no chão com estalidos secos, e responder-lhe em voz de tão estranha modulação que lhe fez gelar o sangue nas veias:

 

Vai seguindo teu caminho,

Não perturbes minha paz,

Joga, encharca-te de vinho,

Faze tudo o que te apraz.

 

Por ora nada te oprime,

E não te digo mais nada,

Mas tua conta de crime,

Será na Bahia ajustada.

 

Lopo de Vila Flor, ao ouvir tão estranhos versos, cujo sentido não compreendia, sentiu os cabelos levantarem-se-lhe na cabeça, e o corpo entrou-lhe todo a tremer. Assim permaneceu alguns segundos; porém, afinal, recobrando algum ânimo, correu espavorido para a estrada, montou a cavalo, e a todo galope fugiu daquele sítio assombrado.

* * *

As medonhas palavras que ouvira não podiam, no entanto, sair-lhe da mente; e, assim, na primeira povoação a que chegou, procurou um padre e pediu-lhe que o ouvisse de confissão, comunicando ao sacerdote o seu crime e a terrível ameaça da fantástica caveira. O Padre ficou assombrado com o que ouvira, e, prescrevendo ao criminoso dura penitência, aconselhou-o que nunca dirigisse os seus passos à Bahia, pois as palavras da caveira lhe anunciavam que nesse lugar encontraria ele o castigo do seu delito.

Durante alguns meses, Lopo de Vila Flor conservou-se apreensivo sobre o seu destino, mas, afinal, a vida de dissipação que levava, e bem assim o firme propósito que havia formado de nunca ir à Bahia, tranquilizaram-no de todo, e pouco a pouco foi perdendo a lembrança do sucedido.

Por esse tempo, os holandeses tinham invadido Pernambuco, e vencendo a tenaz resistência que lhes havia oposto o esforçado Matias de Albuquerque, haviam conseguido destruir o arraial do Bom Jesus e expelir os portugueses de Pernambuco, depois de derrotá-los em diversos pontos.

 Lopo de Vila Flor pelejava ao lado dos portugueses, como comandante de uma companhia, e, assim, quando o príncipe Bagnuolo, após o insucesso de Porto Calvo, retirara-se para as Alagoas, Lopo de Vila Flor, bem como todo o exército português fora obrigado a acompanhá-lo.

Senhores de Pernambuco, os batavos perseguiram os portugueses até as margens do S. Francisco, e estes, não podendo oferecer resistência eficaz ao inimigo, em Sergipe, tiveram de se recolher à Bahia.

Achou-se, pois, Lopo de Vila Flor, sem o querer, e sem mesmo nisto pensar, no lugar que tanto temia, ali conduzido pelo acaso ou pelo desígnio da Providência.

* * *

No entanto, o filho do conde português não ligava mais a menor importância às suas antigas apreensões. Os episódios da grande guerra em que se achava empenhado, o espetáculo da morte que tantas vezes havia presenciado tornaram-no inacessível ao remorso, e, como outrora, a sua única preocupação era jogar, beber e folgar.

Ora, de uma vez Lopo de Vila Flor convidara alguns camaradas de armas para almoçar com ele e depois jogar algumas partidas.

 A reunião devia ter lugar numa sexta-feira, e Vila Flor, na manhã desse dia, dirigiu-se à praça, a fim de comprar qualquer peça de carne com que regalasse os amigos.

 Com a permanência das tropas Pernambucanas na Bahia, a vida nesta cidade tornara-se muito difícil, sendo geral a escassez de víveres. Os que apareciam nas feiras eram logo arrematados por preços elevadíssimos e muitíssimas famílias começavam a sofrer duras privações.

 Assim, Lopo de Vila Flor teve enorme dificuldade em encontrar um bom guisado para oferecer aos seus convidados. No mercado da cidade não havia mais nada de suculento para comprar, tendo Lopo que se contentar com uma cabeça de carneiro, cujo corpo já tinha sido arrematado por alguns oficiais, que andaram mais adiantados do que ele.

 Embora mortificado por esse contratempo, Lopo de Vila Flor pagou bem caro a cabeça de carneiro, metendo-a dentro de um saco de estopa, e levou-a para casa, confiando que seu cozinheiro, um crioulo baiano, saberia dar a essa peça inferior um tempero digno do paladar dos seus amigos.

* * *

Quando chegou à sua habitação, já lá se achavam os convidados: eram uns quatro ou cinco rapazes alegres que o receberam com uma salva de palmas e exclamações jubilosas.

— Com que, então — disse um deles — temos hoje um almoço de arromba?

— Qual o quê! —respondeu Lopo constristado. — Nada encontrei digno de vós nos mercados; tudo já tinha sido arrematado. Em caminho, encontrei-me com um frade gordo de S. Francisco, que conduzia, embrulhado no habito seboso, um excelente capão. Tive ímpetos de assassinar aquele guloso servo de Deus, e roubar-lhe o bicho, que daria uma magnífica cabidela, porém temi encontrar-me no Inferno com aquele patife, o qual, por seu compadresco com o Diabo, me obrigaria a restituir-lhe o frangão.

Uma gargalhada acolheu essa tirada.

—Mas então, nada encontraste?

— Isso não; aqui trago uma bela cabeça de carneiro, que, sendo confiada à habilidade do nosso Lourenço, que em matéria de cozinha é mais perito do que o seu primo Henrique Dias em questão de guerrilha, nos dará um almoço regular.

— Pois, então, viva à cabeça de carneiro, em falta de cousa melhor — exclamaram os rapazes alegremente.

— O que lhes garanto é que é uma cabeça de carneiro do tamanho da de um novilho. Ei-la.

E, dizendo isso, Lopo desceu a boca do saco e fez rolar no soalho o conteúdo do mesmo.

Mas....oh! Assombro!

Em lugar de uma cabeça de carneiro, rolou na sala, a espadanar sangue, uma cousa monstruosa. O que Lopo e seus convidados viram, no maior espanto, foi uma cabeça humana, medonhamente lívida, de olhos vidrados, lábios espumantes e cabelos empastados.

Um grito de pavor saiu de todos os peitos, e Lopo de Vila Flor, não podendo conter a extraordinária emoção que dele se apoderou, exclamou, trêmulo e de olhos esbugalhados:

— D. Sancho de Miranda!

O assassino tinha reconhecido nos traços daquela cabeça as feições da sua vítima.

Nada mais pôde dizer: uma nevoa densa obscureceu-lhe a vista, ganhou-lhe o corpo todo um torpor indizível, e rolou sem sentidos na sala.

* * *

Compreenderam logo os companheiros que se tratava de um crime nefando, pois alguns reconheceram igualmente aquela cabeça como a de d. Sancho, que havia muitos anos tinha desaparecido da capitania de Pernambuco.

Assim, entregaram Lopo de Vila Flor à Justiça, e o indigno, sendo tomado de estranha confusão, revelou imediatamente o crime que havia cometido, com todas as suas minudências e agravantes.

Foi-lhe instaurado processo; e, comparecendo em julgamento, condenado à morte, sentença essa que a Casa da Suplicação de Lisboa confirmou. Como era nobre, não subiu à forca: cotaram-lhe simplesmente a cabeça em uma das praças da Bahia, e assim se cumpriu a estranha ameaça proferida pela caveira de d. Sancho...

“E — termina a crônica de onde extraímos esta história — tudo assim aconteceu para que não ficasse no mundo sem castigo um homem que tantos agravos às pessoas e bens havia praticado — um endurecido pecador, que agora está pagando as suas grandes culpas nas profundezas dos infernos”.

 

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