EUCLIDES DA CUNHA E O FANTASMA - Narrativa Clássica Sobrenatural - Medeiros e Albuquerque
EUCLIDES DA CUNHA E O FANTASMA
Medeiros e Albuquerque
(1867 – 1934)
Firmo Dutra me referiu também um episódio interessante. Todas as noites, ele e a senhora sentiam que Euclides da Cunha mudava o leito de lugar várias vezes. De manhã, os lençóis estavam sempre pingados de espermacete e vela consumida.
Um dia, a senhora de Firmo Dutra resolveu interrogar o seu hóspede. Este lhe confessou que era perseguido pelo espectro de uma mulher, que ora vinha pela janela, ora pela porta. O único meio de evitá-la era manter a luz perto dele. Punha então um castiçal com a vela acesa sobre o peito e era assim que conseguia adormecer.
Certo dia, Dutra e a senhora acordaram com um clarão no quarto de Euclides: eram os lençóis que estavam começando a incendiar-se, sem que Euclides acordasse. A vela caíra e produzira esse resultado.
Fonte: Síntese/RJ, edição de janeiro de 1944.
Ilustração: Jânio Santos.
Comentários
Postar um comentário