MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO - Narrativa Verídica Sobrenatural - Autores anônimos do início do séc. XX
MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO
Autores anônimos do início do séc. XX
Tradução de Paulo Soriano
Bala vingou jovem mulher vinte anos após a sua morte.
O Honey Grove Signal (Texas) relata um incidente que mostra o quão fiel ao seu alvo pode ser a bala de um texano.
“Um maravilhoso caso de punição terrena pelos pecados da carne ocorreu hoje em Dryrno Township, neste condado.
Há vinte anos, Henry Ziegland, então um jovem rico e bonitão, abandonou a bela Maysie Tichnor, de quem era noivo. A moça suicidou-se.
O irmão da jovem, Filford, enfurecido com a crueldade de Ziegland, foi à fazenda dele e tentou alvejá-lo com um mosquete antigo do exército, guarnecido de grande e peculiar projétil. A bala raspou a têmpora esquerda de Ziegland e cravou-se numa árvore próxima. Ziegland foi ao chão, e, pensando que havia matado o rival, Tichnor, num acesso depressivo, tirou imediatamente a própria vida.
Ziegland, sem graves ferimentos, recuperou-se logo, casou-se com uma viúva rica e prosperou maravilhosamente nos seus negócios mundanos.
Hoje, ele e o filho mais velho resolveram cortar a árvore onde a bala de Tichnor se havia enterrado. Serraram-na em pedaços de lenha e tentaram rachá-la. A tora era tão resistente que os machados e as cunhas não exerceram nenhum efeito sobre ela. Então, fizeram furos no centro da árvore, nele inserindo pequenas cargas de dinamite, visando à rachadura do tronco. Malgrado a força da explosão, os pedaços de madeira não voariam a grande distância, razão pela qual os homens prostraram-se a apenas a cerca de 15 metros de distância. Durante 20 anos, o tronco contivera a bala disparada pelo jovem Tichnor. Com a explosão, a bala de chumbo, projetando-se ao espaço intermédio, encontrou o alvo que procurara há 20 anos: penetrou na têmpora esquerda de Henry Ziegland e provocou-lhe imediatamente a morte.
Em seus túmulos solitários, Maysie Tichnor e seu irmão transformaram-se em pó, mas a bala, que deveria vingar os seus males, finalmente consumou o seu desiderato.”
Fonte: “The Pineville Democrat”, Missouri/EUA, edição de 19 de maio de 1905.
barão amigo, não duvide ! A vingança humana sobrevive à morte, mesmo morto um homem pode de algum modo se vingar, mesmo que passe anos e anos. Malígno? Justiça? A força do ódio pode voltar da sepultura pra o ajuste de contas, de uma forma ou outra. Um caso parecido um amigo meu me contou, sua irmã após desilusão amorosa, atirou com uma calibre 12 na própria boca, na frente do irmão dela, então um pré-adolescente. Esse episódio de ver sua irmã tirar a vida o tornou taciturno. Quanto ao cara que fez a irmã dele sofrer por amor, os dias deles estão contados, mais cedo ou mais tarde, provavelmente a vingança dos deuses do céu e do inferno ocorrerá.
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