PERIGO IMINENTE - Conto de Ficção Científica - Ricardo Manzanaro
PERIGO
IMINENTE
Ricardo
Manzanaro
Tradução
de Paulo Soriano
Juan
se envolveu num grosso casaco para mitigar o frio polar. Tinha que se apressar.
Observou que o capitão, que estava na direção do navio, conversava calmamente
com um outro tripulante, alheio ao enorme obstáculo que se aproximava.
Juan
entrou como uma bala na cabine. Os outros dois, surpresos com a súbita aparição,
demoraram a reagir. Já se levantavam para deter Juan quando...
Lá
estava o iceberg! Juan se lançou ao leme e deu-lhe um forte tapa que fez
o navio desviar-se bruscamente. O transatlântico evitou, por minguados metros,
o bloco de gelo, livrando-se de colidir e soçobrar até afundar.
Então,
alguns dias depois, o Titanic voltou ao porto, ileso, embora com alguns passageiros
machucados por conta da guinada.
Juan,
satisfeito, pensou: “Salvei o Titanic”. Ainda em seu camarote, apertou um botão
em um dispositivo que usava no pulso e sumiu de lá.
Surgiu,
então, em sua casa. Feliz e satisfeito com a aventura, dedicou-se a consultar o
catálogo de “Viagens Paralelas S.A.”. Momentos depois, decidiu-se pela seguinte escapada
alternativa: “Viaje a Dallas e evite que Kennedy seja assassinado. O preço
inclui uma câmera que filmará a aventura, para que você possa, depois, mostrar
aos seus amigos como salvou Kennedy”.
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