A ESPADA MÁGICA - Conto Clássico Sobrenatural - Pu Songling
A ESPADA MÁGICA
Pu Songling
(1640 – 1715)
Ning Lai-ch'ên, de Chekiang, era um homem de boa índole e honrado, que gostava de dizer às pessoas que só havia amado uma vez.
Tendo ido a Chinhua, abrigou-se num templo ao norte da cidade, de belíssimos ornamentos, mas coberto de grama mais alta do que um ser humano e, evidentemente, pouco frequentado.
De cada lado, ficavam os aposentos dos sacerdotes, cujas portas estavam entreabertas, com exceção de uma pequena sala no lado sul, onde a fechadura parecia nova.
No canto leste, Ning Lai-ch'ên avistou um bambuzal que crescia sobre uma grande piscina de nenúfares em flor; e, estando muito satisfeito com a tranquilidade do lugar, decidiu ficar, especialmente porque, estando o Grande Examinador na cidade, todos os alojamentos tinham subido de preço. Ficou, então, a vaguear, à espera que os monges regressassem. À noite, um cavalheiro veio abrir a porta do lado sul. Ning rapidamente aproximou-se dele e, com uma reverência, informou-o do seu projeto.
— Não há ninguém aqui cuja permissão você precise pedir — respondeu-lhe o estranho. — Estou apenas hospedado neste lugar e, se você não se opõe à solidão, ficarei muito contente em ter o benefício de sua companhia.
Encantado, Nung montou um leito de palha e fez de mesa uma tábua, como se pretendesse permanecer ali por algum tempo.
Naquela noite, sob os raios da Lua clara e brilhante, os homens se sentaram na varanda e conversaram. O estranho chamava-se Yen Ch'ih-hsia e Ning julgou-o um estudante pronto para o exame provincial, malgrado o seu sotaque não fosse de Chekiang.
Indagado a respeito, disse que vinha de Shensi; e havia um ar de franqueza em todas as suas observações. Quando a conversa se esgotou, eles se despediram e foram para a cama. Mas Ning, estando num lugar estranho, não conseguia dormir; e logo ouviu sons de vozes vindos do quarto do lado norte. Levantando-se, espreitou pela janela e viu, num pequeno pátio, do outro lado de um muro baixo, uma mulher de cerca de quarenta anos, acompanhada por uma velha criada com um longo vestido desbotado, corcunda e de frágil compleição. Conversavam à luz da Lua e a patroa disse:
— Por que Hsiao-ch'ien não vem?
— Ela deveria estar aqui agora — respondeu a outra.
— Ela não está ofendida com você; está? —perguntou a senhora.
— Não que eu saiba — respondeu a velha criada. — Mas parece que ela quer causar problemas.
—Essa gente não merece ser bem tratada — disse a outra.
E, mal havia pronunciado essas palavras, surgiu uma belíssima jovem de dezessete ou dezoito anos.
A velha criada riu e disse:
—Não se deve falar das pessoas pelas costas. Quando de sua chegada, falávamos de você, sem que ouvíssemos a sua aproximação. Mas, felizmente, não estávamos dizendo nada de mal a seu respeito. E, quanto a isto — acresceu —, fosse eu um rapaz, sem dúvida me apaixonaria por você.
— Se você não me elogiar — respondeu a jovem —, tenho certeza de que não sei quem o fará.
Então a senhora e a moça conversaram mais um pouco e o Sr. Ning, pensando que se tratava de uma família vizinha, virou-se para dormir, sem prestar mais atenção.
Passado pouco tempo, nenhum som se ouvia; todavia, quando já caía no sono, percebeu que alguém entrara no quarto.
Levantando-se rapidamente, descobriu que era a jovem que acabara de ver. Assustado, perguntou-lhe o que fazia. A moça sorriu-lhe e disse:
—Não consigo dormir em uma noite de luar; então, quero relacionar-me intimamente com você.
Solenemente, Ning respondeu:
— Você deveria temer os comentários alheios. Quanto a mim, que temo a opinião dos outros, se cometo um erro, perco a minha integridade e reputação.
—Ninguém saberá — respondeu a jovem.
Ning, severamente, repreendeu-a novamente.
A jovem hesitou, como se fosse dizer algo mais, mas Ning lhe fez uma advertência:
—Vá embora imediatamente! Caso contrário, chamarei o meu companheiro para que testemunhe a sua conduta.
Temendo, a mulher recuou. Ao sair, deixou um lingote de ouro sobre o leito. Ele, porém, jogou-o fora.
No dia seguinte, um jovem candidato ao exame, chegado de viagem, hospedou-se no quarto leste com seu servo. Ele, no entanto, foi morto naquela mesma noite, e seu servo na noite seguinte. Ambos os cadáveres exibiam um pequeno furo na planta do pé, como se causado por um estilete, e de onde saía uma porção de sangue.
Ninguém sabia quem havia causado aquelas mortes e, quando o Sr. Yen retornou, Ning perguntou-lhe o que pensava sobre o fato. Yen respondeu que aquilo era obra de demônios, mas, como Ning era um camarada corajoso, aquela declaração não o assustou deveras.
No meio da noite, Hsiao-ch'ien, tendo aparecido para Ning novamente, disse-lhe:
— Eu já conheci muitos homens, mas nenhum com um coração frio como o seu. Você é um homem honesto e eu não tentarei enganá-lo. Eu, Hsiao-ch'ien, cujo sobrenome é Nieh, morri com apenas dezoito anos, e fui enterrada ao lado deste templo. Um demônio, então, tomou posse de mim e, contrariando os meus princípios, empregou-me para enfeitiçar as pessoas com minha beleza. Agora, não nos resta ninguém neste templo para matar, e temo que diabretes sejam enviados para causar-lhe a morte.
Ning ficou deveras assustado com isso. Perguntou-lhe o que deveria fazer.
—Você deve dormir em seu quarto com o Sr. Yen — ela respondeu.
— O quê? — disse ele. — Os espíritos não podem incomodar o Sr. Yen?
—Ele é um homem estranho — ela respondeu — e, dele, os espíritos não se aproximam.
Ning, então, perguntou como os espíritos agiam.
— Eu enfeitiço as pessoas —disse Hsiao-ch'ien —e, então, eles fazem um furo no pé que deixa a vítima sem sentidos, e cuidam de extrair-lhe o sangue, que os demônios bebem. Outro método é tentar as pessoas com ouro falso, que são os ossos de algum horrendo demônio; e se elas o receberem, arrancam-se-lhes corações e fígados. Qualquer método é usado conforme as circunstâncias.
Ning agradeceu e perguntou quando deveria estar preparado; ao que ela respondeu:
—Amanhã à noite.
Despedindo-se, ela disse, a chorar:
—Estou prestes a afundar no grande mar, sem nenhuma costa amiga por perto. Mas seu senso de dever é ilimitado, e você pode me salvar. Se você coletar meus ossos e enterrá-los em algum lugar tranquilo, não mais estarei sujeita a tais infortúnios.
Ning disse que assim o faria e perguntou onde ela estava sepultada.
— Junto ao álamo em que há um ninho de pássaro — respondeu ela.
E, saindo pela porta, desapareceu.
No dia seguinte, Ning receou que Yen já estivesse partindo e foi cedo para convidá-lo a entreter-se. Serviram-se vinho e comida por volta do meio-dia e Ning, que se acautelou para não perder Yen de vista, pediu que o companheiro lá permanecesse durante a noite. A tanto, Yen recusou-se, alegando que gostava de ficar sozinho. Ning, contudo, não quis ouvir nenhuma desculpa, e levou todas as coisas de Yen para seu próprio quarto, de molde que o companheiro não teve alternativa senão consentir.
No entanto, ele alertou Ning, dizendo:
— Sei que você é um cavalheiro e um homem de honra. Se você vir algo que lhe escape ao entendimento, peço-lhe que não seja muito curioso. Não mexa em meus estojos… ou pode ser pior para nós dois.
Ning prometeu estar atento ao que ele disse; depois, deitaram-se ambos para dormir. Yen, tendo colocado os seus estojos no parapeito da janela, não tardou a ressonar ruidosamente.
O próprio Ning não conseguia dormir. Passado algum tempo, viu um vulto movendo-se furtivamente lá fora. Aproximava-se da janela para espreitar. Os olhos daquilo reluziam como um relâmpago e Ning, muito assustado, estava prestes a chamar Yen, quando algo, como uma tira de seda branca, voou de um dos estojos; e, resvalando no parapeito da janela, retornou imediatamente para o estojo, desaparecendo como um relâmpago.
Yen ouviu o ruído e levantou-se, enquanto Ning fingia dormir para observar o que acontecia.
Yen abriu o estojo e tirou alguma coisa que cheirou e examinou à luz da Lua. Era algo de um branco deslumbrante como cristal, com aproximadamente duas polegadas de comprimento e a espessura de uma folha de cebola. Em seguida, embrulhou-a cuidadosamente e voltou a pô-la no estojo partido, dizendo:
— Que demônio atrevido! Aproximar-se assim de meu estojo…
Depois, voltou para a cama.
Ning, extremamente espantado, levantou-se e perguntou-lhe o que aquilo significava, dizendo-lhe o que havia visto.
— Como somos bons amigos — respondeu Yen —, não farei segredo disso. O fato é que sou um monge taoista. Não fosse o peitoril da janela, o demônio teria perecido; de toda forma, ele está gravemente ferido.
Ning perguntou-lhe o que tinha ali embrulhado, e ele lhe respondeu que era sua espada, na qual ele havia sentido o cheiro da presença do demônio. A pedido de Ning, mostrou a arma, que era uma miniatura brilhante de uma espada; e, desde então Ning, teve por seu amigo uma grande estima.
No dia seguinte, Ning encontrou vestígios de sangue do lado de fora da janela que dava para o lado norte do templo. Lá, em meio a várias sepulturas, descobriu o álamo com o ninho de pássaro no cimo.
Tendo cumprido a sua promessa, preparou-se para voltar para casa. Yen deu-lhe um banquete de despedida e presenteou-o com um velho estojo de couro que, segundo ele, continha uma espada que manteria à distância todos os demônios e fantasmas.
Ning, então, desejou aprender um pouco da arte de Yen. Este, contudo, respondeu-lhe que, malgrado lhe fosse possível realizar facilmente tal desejo, porquanto era Ning um homem honesto, ainda assim o companheiro tinha uma vida tranquila, de molde que a aquisição de tal conhecimento não lhe seria vantajosa.
Ning, fingindo que tinha de enterrar a irmã, coletou os ossos de Hsiao-ch'ien e, tendo-os embrulhado em mortalhas, alugou um barco e partiu para casa.
Em sua chegada, como sua biblioteca estava voltada para o campo aberto, ele fez uma sepultura ali bem perto e enterrou os ossos, invocando e prestando sacrifícios a Hsiao-ch'ien da seguinte forma:
— Por piedade de seu espectro solitário, pus os seus restos mortais perto de minha humilde cabana, onde ficaremos perto um do outro, e nenhum demônio ousará incomodá-la. Peço-lhe que não rejeite meu sacrifício, por mais humilde que seja.
Tendo dito isto, já voltava para casa quando, de repente, ouviu alguém lhe dizer que não se apressasse. Virando-se, viu Hsiao-ch'ien, que lhe agradecia, dizendo:
— Se eu morresse dez vezes por você, não poderia pagar minha dívida. Deixe-me ir para a sua casa e esperar por seu pai e sua mãe. Você não se arrependerá.
Olhando atentamente para ela, viu que a moça tinha uma bela pele e pés tão pequenos quanto brotos de bambu, sendo muito mais bonita, à luz do dia. Então eles seguiram juntos para a casa. Pedindo-lhe que esperasse um pouco, Ning correu para contar à mãe o incidente, que surpreendeu intensamente a velha senhora.
A esposa de Ning estava doente há muito tempo, e sua mãe o aconselhou a não dizer-lhe uma palavra sobre isso, por medo de assustá-la; entrementes, Hsiao-ch'ien entrou correndo e se jogou no chão diante deles.
— Esta é a jovem senhora — disse Ning.
A mãe, um tanto alarmada, voltou sua atenção para Hsiao-ch'ien, que exclamou:
— Uma órfã solitária — sem irmão ou irmã e objeto da cortesia e compaixão de seu filho — implora para que lhe seja permitido prestar seus pobres serviços, como uma retribuição pelos favores que me foram concedidos.
A mãe de Ning, vendo que ela era uma moça simpática e de aspecto agradável, amainou o temor que sentia e respondeu:
— Cara senhora, a preferência que você demonstra por meu filho é muito agradável a uma pessoa idosa como eu; mas ele é a única esperança de nossa família, e dificilmente atrevo-me a concordar que ele tome para si uma mulher fantasmagórica.
— Tenho somente um motivo para o que peço — respondeu Hsiao-ch'ien —, e se a senhora não tem fé em pessoas desencarnadas, então deixe-me considerá-lo como meu irmão e viver sob sua proteção, servindo-a como uma filha.
A mãe de Ning não resistiu à sua franqueza, e Hsiao-ch'ien pediu para ver a esposa de Ning, mas isso lhe foi negado, ao argumento de que a jovem senhora estava doente.
Hsiao-ch'ien foi, então, até a cozinha e preparou o jantar, correndo pelo lugar como se tivesse vivido lá a vida toda.
A mãe de Ning, no entanto, tinha muito medo dela e não a deixava dormir em casa; Hsiao-ch'ien, então, seguiu à biblioteca e lá entrava quando, de súbito, recuou alguns passos e começou a andar apressadamente para frente e para trás diante da porta. Ning, vendo isso, chamou-a e perguntou o que aquilo significava; ao que ela respondeu:
— A presença daquela espada me assusta, e é por isso que não pude acompanhá-la no seu caminho para casa.
Ning compreendeu-a prontamente e pendurou o estojo da espada em outro lugar. Ela entrou, acendeu uma vela e sentou-se.
Por algum tempo, permaneceu calada. Por fim, perguntou a Ning se ele estudava à noite.
— Pois — disse ela —, quando pequena, eu costumava repetir o sutra Lêng-yen; mas, agora, esqueci-me mais da metade e, portanto, eu gostaria de tomar emprestado uma cópia; e quando você estiver livre à noite, poderá ouvir-me.
Ning disse que sim, e eles ficaram sentados, em silêncio, por mais algum tempo. Depois, Hsiao-ch'ien se foi e acomodou-se noutro lugar.
De manhã e à noite, ela ajudava a mãe de Ning, trazendo água para o banho, ocupando-se com assuntos domésticos e se esforçando para agradá-la de todas as formas. Sempre à noite, antes de se recolher, ela entrava e repetia um pouco do sutra, e saía assim que achava que Ning estava sonolento.
A seu turno, a doença da esposa de Ning dera à mãe uma porção de problemas adicionais — mais, na verdade, do que ela era capaz de atender; mas, desde a chegada de Hsiao-ch'ien, tudo isso mudou, e a mãe de Ning passou a ter uma conduta amigável para com a jovem, passando a considerá-la quase como se fosse sua filha, e esquecendo completamente que ela era um espírito. Consequentemente, ela não mais a obrigava sair de casa à noite; e Hsiao-ch'ien, que, sendo um espírito, não tinha provado carne nem bebida desde a sua chegada, começou, no final de seis meses, a tomar um pouco de mingau ralo. Tanto a mãe como o filho afeiçoaram-se a ela e, daí em diante, nunca mencionaram o que ela realmente era; nem os estranhos foram capazes de detectar o fato.
Aos poucos, a enfermidade matou a esposa de Ning. A velha mãe, malgrado temesse as infelizes consequências que pudessem advir, secretamente desejou que o filho desposasse Hsiao-ch'ien.
Isto Hsiao-ch'ien percebeu e, aproveitando um ensejo, disse à mãe de Ning:
— Aqui estou há mais de um ano, e a senhora deve saber alguma coisa sobre aquilo a que me proponho. Como não estava disposta a ferir os viajantes — e este foi deveras o meu motivo —, eu segui seu filho até aqui. E, como Ning é senhor de uma grande índole, gostaria de permanecer com o seu filho por três anos, para que ele me obtenha um signo de aprovação imperial, o que me honrará nos reinos subterrâneos.
A mãe de Ning sabia que ela não tinha más intenções; contudo, hesitou em pôr em risco as esperanças da família de uma posteridade futura. Hsiao-ch'ien, no entanto, a tranquilizou, dizendo que Ning teria três filhos, e que a linhagem não seria obstada por seu casamento com ela. Com lastro nisso, para a grande alegria de Ning, o casamento foi marcado, o banquete preparado, e amigos e parentes convidados. E quando, em resposta a um chamado, a própria noiva saiu em seu alegre vestido de noiva, os espectadores a tomaram mais por uma fada do que por um fantasma.
Depois, as mulheres da família, que entre si competiam para conhecer a noiva, deram-lhe vários presentes de congratulações; e a essas Hsiao-ch'ien retribuiu com presentes de pinturas de flores — nas quais ela era muito habilidosa — feitas por ela mesma, e as mulheres ficaram extremamente orgulhosas com estes símbolos de amizade.
Um dia, Hsiao-ch'ien estava desanimada, junto à janela, quando, de repente, perguntou ao marido onde estava o estojo da espada.
— Oh — respondeu Ning — como você a temia, eu a movi para outro lugar.
—Eu já estou há tanto tempo sob a influência da vida ao redor —respondeu Hsiao-ch'ien —que não mais terei medo dela. Vamos pendurá-la junto à cama.
— Por quê?— perguntou Ning.
— Nos últimos três dias — explicou ela —, minha mente tem estado muito agitada. E temo que o demônio do templo, furioso com minha fuga, possa vir de repente e me levar embora.
Ning, então, trouxe o estojo da espada. Após examiná-lo de perto, Hsiao-ch'ien, comentou:
— É aqui onde o mago coloca as pessoas. Imagino quantas não foram mortas antes que o estojo ficasse velho e desgastado como está agora. Mesmo agora, quando olho para ele, a minha carne arrepia.
O estojo foi, então, pendurado e, no dia seguinte, removido para cima da porta.
À noite, sentaram-se e ficaram de prontidão. Hsiao-ch'ien advertiu Ning para que não adormecesse; e, de repente, algo caiu como um pássaro. Hsiao-ch'ien, assustada, correu para trás da cortina; mas Ning olhou para a coisa e descobriu que era um diabrete das trevas, com olhos brilhantes e uma boca ensanguentada, vindo direto para a porta.
Subindo furtivamente, o diabrete agarrou o estojo da espada e parecia prestes a despedaçá-lo, quando — bang! — o estojo da espada tornou-se tão grande quanto um guarda-roupa, e dele um demônio projetou parte de seu corpo e arrastou o diabrete para dentro.
Nada mais se ouviu, e o estojo da espada retomou seu tamanho original. Ning ficou muito alarmado, mas Hsiao-ch'ien saiu regozijando-se e disse:
— Este é o fim dos meus problemas.
No estojo da espada, eles encontraram apenas alguns litros de água limpa; nada mais.
Após esses eventos, Ning obteve seu título de doutor e Hsiao-ch'ien lhe deu um filho. Ele, então, tomou uma concubina e teve mais um filho de cada uma das mulheres, todos os quais se tornaram, com o tempo, homens distintos
Versão em português e adaptação de Paulo Soriano, a partir da tradução inglesa de Hebert Giles (1845 – 1935).
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