O MORTO E O PROFESSOR DE ANATOMIA Joseph Taylor (Séc. XIX) Tradução de Paulo Soriano Muitos dos que conheceram pessoalmente o Sr. Junker [1] viram-no relatar, com frequência, a história que se segue. Professor de Anatomia, o Sr. Junker, certa feita, obteve para dissecação os corpos de dois criminosos condenados à forca. Não tendo à mão, quando da chegada dos cadáveres, a chave da sala de dissecação, Junker mandou que os pusessem num armário, contíguo ao seu apartamento. A noite chegou. Junker, conforme o seu costume, retomou as suas anotações, antes de se recolher. Beirava a meia-noite, e toda a sua família dormia profundamente, quando o anatomista ouviu um barulho estrondoso no armário. Pensando que, por algum engano, o gato havia sido encerrado junto aos cadáveres, levantou-se. Tomando à mão a vela, foi ver o que havia acontecido. Qual não foi, porém, o seu espanto — ou melhor, seu pânico — quando percebeu que o invólucro, que continha os dois corpos, estava ras
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