CANIBALISMO SOVIÉTICO - Narrativa Verídica de Horror - Theodore Rée
CANIBALISMO
SOVIÉTICO
Theodore
Rée
(Séc.
XX)
Os
refugiados com quem convivi em em Reval tremem ainda de pavor ao relatar cenas
trágicas a que assistiram.
A
um amigo meu, que vivia em Rostoff, morreu-lhe a irmã, vítima da peste que
grassa naquela cidade. Pois tiveram que a esconder em casa até o cadáver
apodrecer, porque, senão, a populaça faminta levava-o e devorava-o como chacais!
Em
Rostoff, onde as pessoas morrem por dia às centenas, os cadáveres são postos na
rua até que os venham buscar para serem esquartejados e repartidos pela
população.
Em
Petrogrado, há hoje o comércio da carne humana, que é encaixotada e exportada
com muito sal para perder o adocicado desagradável que tem. Isto contaram-me
vários amigos que tenho naquela cidade. É absolutamente exato. Como a carne de
criança é preferível por ser mais tenra, as crianças desaparecem
constantemente.
—Vivas,
ou os seus corpos depois de terem morrido de doença?
—Vivas!
Mataram-na para as comer!
A presente narrativa é
excerto de artigo publicado na “Revista da Semana”, edição de 30 de dezembro de
1922.
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