UM MEIGO CONTO DE HORROR - Conto de Horror - Helio Pereira
UM
MEIGO CONTO DE HORROR
Helio
Pereira
Eu
tinha, então, 10 anos, estávamos todos na sala, eu, minha irmã e meu irmão,
minha mãe entre eles no sofá. Meu pai estava confortavelmente em seu sofá do
papai com as pernas esticadas. Meus irmãos, ambos mais velhos do que eu. Eu era
o filho temporão. Assistíamos aos risos uma luta livre na televisão. Naquele
tempo, ainda em branco e preto. Desde aquele dia eu espero me ver frente a
frente com o monstro da minha infância, não sei se para me vingar ou por um
terrificante medo.
Ele entrou com o machado nas mãos, vestia um
capuz cobrindo o rosto, não sei se por imaginação ou se podia ver mesmo através
da máscara um rosto anômalo, uma aberração, um ser monstruoso, indescritível. O
primeiro que ele alcançou foi meu irmão, o machado desceu decepando seu braço
direito. As machadadas seguintes atingiram seu tórax e sua cabeça, a minha irmã
foi atingida pelo machado no meio da testa, um único golpe levou sua vida cheia
de esperança. Meus pais tiveram suas cabeças decepadas e chutadas para longe.
Agora, explico por que estou esperando. Por fim, ele parou diante de mim,
levantou o machado e deixou que ele despencasse no chão. Com a voz rouca e
assustadora ele disse: “Não mato criança, um dia eu voltarei!”.
Muito bom, poderia ter continuação.
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