O FALSO SOL - Narrativa Clássica Sobrenatural - William of Newburgh


 

O FALSO SOL

William of Newburgh

(1136 – 1198)

 

Nas oitavas de Pentecostes[1], e na primeira hora do dia, dois sóis apareceram no céu: o verdadeiro Sol e um segundo, igual a este em tamanho e brilho.

Salvo por seu curso regular, tampouco era fácil discernir qual deles era o Sol verdadeiro, pois o outro parecia segui-lo em uma elevação um pouco mais alta — um presságio, talvez, dos males que se seguiriam. E esse sinal eu vi com meus próprios olhos, juntamente com os das pessoas que estavam comigo.

Depois de termos ficado, por algum tempo, olhando — em suspense e espantados — aquele espetáculo tão invulgar, baixamos nossos olhos repentinamente, porquanto estávamos vencidos pela fadiga, e a contrafação do verdadeiro Sol desapareceu[2].

 



Versão em português de Paulo Soriano, a partir da tradução de Joseph Stevenson (1806 – 1895).



[1] 16 de junho de 1196.

[2] A presente narrativa, aos olhos modernos, pode representar a visão de um OVNI.

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