O JANTAR DO JAGUARU - Conto Clássico de Terror - Anônimo do Século XX

O JANTAR DO JAGUARU Anônimo do século XX. Dizia-se que aquela vivenda — como encravada pelo próprio Anhangá entre o capinzal bravio o lameiro pestilencial das águas estagnadas — era o antro infecto onde habitava um animal estranho com aspecto de lobo, meio homem, meio cachorro. Por isso, enquanto a expedição ia se aproximando da antiga fazenda em procura de um refúgio protetor da tormenta que se avizinhava ameaçadora, assegurava-se que ninguém se aproximaria do ranchinho de estacas nem por todo o ouro do mundo. O vaqueano da expedição, Aquilino Rodrigues, era um guasca de boa marca. Chamavam-no Enguia, em alusão a sua extrema magreza e agilidade. Há dois dias que caía uma chuva fina e pertinaz. Na cozinha da fazenda, onde a peonada se reunia obrigada pelo mau tempo, o capataz, tipo indiático, baixo e atarracado, pescoço de touro, tinha a palavra. Esgotados já todos os assuntos, a conversação esfriava, quando inesperadamente alguém falou do l obisomem . —...