A MORTE QUE ESPREITA - Conto Clássico de Mistério - Maurice Leblanc
A MORTE QUE ESPREITA Maurice Leblanc (1864 – 1941) Tradução de autor anônimo do séc. XX Depois de contornar os muros do castelo, Arsène Lupin voltou ao ponto de partida, decidido a empregar o grande recurso. Penetrando na espessa moita onde escondera a motocicleta, apanhou um rolo de corda sob o selim e dirigiu-se para o ponto em que árvores grandes, pertencentes ao parque, deitavam os galhos por cima do muro. Fixando uma pedra na ponta da corda, Lupin atirou-a para cima, puxou um galho grosso, montou-o e deixou que ele se reerguesse, suspendendo-o da terra. Não havia outro meio para entrar no vasto domínio de Maupertuis. De longe, examinou o castelo, com o auxílio de um binóculo, estudando-lhe a fachada triste e sombria. Todas as janelas estavam fechadas e tinha-se a impressão de um lugar desabitado. Nisso, uma das portas do térreo abriu-se, dando passagem a uma silhueta feminina, muito esbelta, envolta num capote preto. Passeou de um lado para outro, dando migalhas de pão aos p...